domingo, 3 de março de 2013

Moda ecológica conquista cada vez mais estilistas


Há cada vez mais estilistas a darem atenção ao desenvolvimento sustentável, com peças amigas do ambiente. Este ano, a New York Fashion Week deu espaço ao conceito

Roupa produzida com algodão biológico, polpa de celulose de madeira ou restos de tecidos são exemplos de moda ecológica, ou "eco fashion". Este novo modelo de criação de vestuário compreende a utilização de matérias-primas amigas do ambiente e técnicas de produção responsáveis.

Durante a New York Fashion Week, que aconteceu na passada semana, vários estilistas assumiram o compromisso ecológico. São os casos de Rogan Gregory, da marca Loomstate, ou Daniel Silverstein, director criativo e co-fundador da 100%NY. Também Soham Dave atribuiu um cunho verde à sua linha criativa, optando pela manufactura tradicional de artesões locais na Índia.
Designer de moda Marlene Oliveira só trabalho com materiais ecológicos.

Em Portugal, o movimento dá os primeiros passos. A loja online "Tecidos Ecológicos" da designer de moda Marlene Oliveira tem como filosofia "um enorme respeito pela vida: das pessoas, dos animais e do planeta". Lá, são vendidos tecidos e vestuário "ecológicos e veganos", que privilegiam os fornecedores, garantindo "uma forma de comércio justo".

"Em Portugal, não encontrava materiais que fossem de acordo com os meus valores pessoais. Materiais de origem animal, como peles, sedas ou lãs estavam completamente fora de questão utilizar. A solução foi procurar fora do país, onde encontrei materiais com certificação ecológica e de comércio justo", conta Marlene.
 

A designer garante que os tecidos têm muita qualidade, mas o mais importante é a "consciência tranquila" com que fica, sabendo que está a contribuir para um "mundo melhor", em que respeita a saúde das pessoas, o ambiente e os animais.

Marlene Oliveira diz notar um aumento de adesão dos consumidores, mas o mesmo não acontece do lado da oferta: "Deveria começar pelos estilistas, para que os consumidores pudessem adquirir produtos conscientes. Deveria haver mais oferta por parte das marcas, para que o público tivesse mais escolha", afirma.

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