domingo, 26 de setembro de 2010

Tecidos sustentáveis, a missão

Algodão
Esta é uma fibra sensacional para roubas, mas o cultivo tradicional do algodão causa problemas tanto ao meio ambiente quanto aos trabalhadores por conta do uso de pesticidas e inseticidas que causa doenças e espalha a poluição nos lençóis freáticos.
O algodão orgânico é cultivado sem uso destas técnicas e não causa estes distúrbios, mas requer muito trabalho – e o campo tem que estar livre dos aditivos químicos pelo menos por três anos antes do produto ganhar a certificação. A demanda global pelo algodão orgânico cresce exponencialmente e a grande questão hoje é como produzir o suficiente para atender a todos. La Rhea Pepper, do Organic Exchange, declarou a Linda: “Para encorajar a produção das fibras orgânicas precisamos discutir e implantar modelos que reconheçam o valor do produto dos limites das fazendas até o final da cadeia produtiva.”
Cânhamo
Sim, a planta produz fibras vestíveis, além do produto ilegal – e é uma das matérias primas mais promissoras. É altamente produtiva sem uso de pesticidas ou inseticidas e melhora o solo onde é cultivada. É resistente e pode ser plantada em quase qualquer clima. O tecido pode ser feito quase sem uso de produtos químidos e como não pede grande tecnologia para ser feito, pode ser realizado na fazenda, aumentando o emprego e reduzindo os custos de transporte e poluição decorrentes.
O Cânhamo tem sido usado como matéria prima para tecidos há milênios e só recentemente se tornou controverso. Como a planta também produz maconha é ilegal nos Estados Unidos (no Brasil também) mas é cultivada legalmente na Europa, Ásia e Canadá.
Bambu
O tecido produzido a partir do bambu tem grande suavidade – é comparado ao cashmere. Como a planta cresce rápido e fácil, é em grande parte naturalmente orgânico. Não precisa ser replantado depois da colheita e cresce novamente a partir das raízes. Como o cânhamo, ele melhora a qualidade do solo e ajuda a reconstituir os efeitos da erosão.
Há duas formas de fazer tecido a partir do bambu: mecânico ou químico. O método mecânico pede que se prense a parte da madeira e depois se acrescentam enzimas naturais que produzem uma polpa que pode ser “penteada” e tecida. O resultado deste processo costuma ser chamado de “tecido de bambu”. E uma minúscula parte da produção destina-se ao vestuário porque o método exige muito trabalho e é caríssimo.
O tecido de bambu usado para vestuário é em grande parte resultado do processo químico, que é feito através do “cozimento” das folhas e ramos em hidróxido de sódio e dissulfato carbônico (hidrólise por alcalinização combinada ao bleaching) . Este processo causa muitos problemas de saúde. Em baixa quantidade, cansaço, dores de cabeça e problemas nervosos. O dissulfato carbônico é indicado como origem dos problemas nervosos de trabalhadores na produção de rayon… Exatamente por conta disso é considerado prejudicial ao meio ambiente e não é sustentável nem ecológico. A boa notícia é que há novos jeitos de produzir a fibra de bambu. Por isso mesmo, antes de comprar, olhe a certificação – Oeko Tex, Soil Association, Skal, Krav ou qualquer similar.
Soja
Além de ser bacana para o corpo e a alimentação, a soja produz um tecido famoso por sua suavidade, conforto, brilho e caimento – que se combinam à lavagem fácil e durabilidade. É mais caro que o algodão orgânico ou cânhamo e tornou-se um produto de luxo. Outro ponto positivo é que é produzido com as sobras da indústria alimentícia. Existe alguma soja certificada – mas pouquíssima.
A pesquisa sobre o plantio de soja, claro, não leva a nenhum resultado positivo. Só aqui no Brasil a gente sabe bem o que as plantações têm feito ao cerrado e à Amazônia. Sem falar que grande parte das plantações usam sementes geneticamente modificadas (a tal soja transgênica que é usada na Argentina e aqui também). Esta prática causa danos aos rebanhos e plantações vizinhas. Em menos de uma década, as plantações de soja expulsaram gente do campo e causam sérios desequilíbrios ecológicos e agrícolas, detonam a segurança alimentar e levam à dependência de tecnologia controlada por duas ou três multinacionais. Antes de comprar qualquer coisa produzida com este tecido vale verificar a certificação orgânica.

Algodão, algodão orgânico, bambu e agora o café.

Algodão, algodão orgânico, bambu e agora o café, esses são os ingredientes da moda ecológica e correta que começa a invadir os atelier dos estilistas em todo o mundo, e muitas fabricas já produzem com sucesso roupas esportivas feitas com essas substâncias, evitando desastres naturais. O processo de industrialização de tecidos produzidos através de elementos orgânicos e reciclados é fruto de muitas pesquisas e estudos da indústria têxtil, sempre antenada com os anseios da sociedade e a preocupação crescente com as questões ambientais.

Moda Ecologicamente Correta
Nesse contexto cresce no mundo inteiro o incentivo ao desenvolvimento da indústria dos tecidos sustentáveis, do qual o algodão é o precursor, mas que hoje em dia já não é muito bem aceito pelos ambientalistas uma vez que a sua forma tradicional de cultivo traz prejuízos ao meio ambiente pelo uso de agrotóxicos e outros pesticidas e consequentemente também traz problemas de saúde para o trabalhadores. Assim foi desenvolvido o algodão orgânico como alternativa, mas é um processo bem mais caro e demorado. O algodão orgânico é produzido na Turquia e na Índia e algumas marcas importantes já aderiram a moda verde como a Nike, a Levis e outras.

Roupa Ecologicamente Correta
Nessa trajetória, na década de 90 surgiu o tecido feito a partir do bambu e os hemp, esses tecidos ganhara destaque mundial quando a marca Adidas lançou uma linha de tênis feita a partir do cânhamo, a mesma planta da maconha. A questão gerou polemica uma vez que o cultivo do cânhamo é proibido em países como o Brasil e os Estados Unidos. No mesmo momento também surgiu a malha feita do bambu que é muito bem aceita pelos ecologistas porque o bambu, além de crescer rápido, tem a capacidade de melhorar a qualidade do solo, no entanto o processo de produção do tecido a base de bambu é bastante complexo e caro, impossibilitando que ele venha substituir definitivamente o algodão, mesmo preservando a natureza.

Loja Ecologicamente Correta
Agora a última descoberta dos tecidos ecológicos são aqueles produzidos a partir de grãos de café. O tecido feito com o café é muito semelhante à viscose, fresco, leve e confortável, não gruda ao corpo e também é resistente aos odores, sendo ideal para a prática de esportes. Os fabricantes estão produzindo o tecido a base de café para algumas confecções, mas no Brasil esta tecnologia ainda não chegou. A primeira marca de roupas feitas a partir do grão de café chama-se S-Café, uma linha de roupas esportivas de bermudas, camisetas e bolsas, produzidas em Taiwan. Algumas revistas de moda e jornais conhecidos como indicadores das próximas tendências da moda garantem que este deve ser o novo hit da moda eco.

Produtos Ecologicamente Correta
A onda ambientalista que invade o mundo vem transformando os conceitos de produção e todos os segmentos da sociedade vão buscando alternativas para uma maior educação ambiental de sustentabilidade. Com a moda não poderia ser diferente, e hoje já temos grandes redes de lojas aderindo a essa tendência, produzindo e vendendo roupas ecologicamente corretas.

Fonte: Veste moda

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

10 dicas para deixar o seu armário “verde”

1. Planeje antes de comprar
Abandone as compras por impulso. Analise bem se aquela roupa ou acessório servem para você ou  se é só uma vontade passageira. Assim você evita perder dinheiro e espaço em seu armário.
2. Ame suas roupas
Cuide-as com carinho.  ‘Acidentes’ domésticos provocam pequenos desastres como manchas ou tecidos queimados. Se cair um botão ou tiver que ajustar um pouco, procure uma costureira e veja se há como reparar. Para os mais empolgados, é uma boa hora para aprender a lidar com linhas e agulhas.
3. Evite lavagem a seco
Máquinas de lavagem a seco usam tetrachloroethylene, uma substância cancerígena. Procure lavanderias que trabalhem com “wet cleaning” ou CO2 líquido. Muitas peças que antes eram lavadas a seco já podem ser lavadas a mão, especialmente as de seda, lã e linho. Fique de olho nas etiquetas. Se você preferir recorte as orientações e  cole em um pequeno caderno ou guarde em uma caixinha para conferir quando precisar.
4. Compre peças antigas ou usadas
Use a criatividade e tenha um estilo próprio. Busque em bazares, feirinhas, brechós,  troca de roupas  entre amigas. Vale tudo. Se tiver roupas ‘herdadas’ que possam ser interessantes, aposte. Acessórios antigos sempre funcionam Tenha cuidado para ver se tudo está ok. Peças antigas ou usadas podem estar danificada pelo tempo ou pelo uso. Dependendo, uma reforma resolve e ainda sobra espaço para uma boa customizada.
5. Lave bem
Tenha cuidado para não desperdiçar energia. Junte bastante roupa antes de lavar, para economizar na água, luz e sabão. Procure usar a temperatura mais baixa possível. Opte por alternativas naturais na remoção de manchas nos tecidos e produtos que sejam livre de fosfato e biodegradáveis. Se estiver procurando por uma lavadora nova, verifique se possui selo de economia energética ( no Brasil, do Inmetro). A mesma dica vale para os ferros elétricos.
6. Vista orgânicos e tecidos com material reaproveitado
Os tecidos orgânicos e os desenvolvidos com materiais reaproveitados chegaram para ficar. Na opção do orgânico é possível escolher desde o algodão até a seda, certifique-se de que possui selo de autenticação (que identifica se a produção realmente é feita sem agrotóxicos). Os tecidos com materiais reaproveitados como o tecido PET são uma inteligente opção, fomentam o reaproveitamento de materiais como as garrafas pets e agregam ativos ambientais para a peça.
7. Encontre uma nova utilidade
Reciclar não é somente reaproveitar. Seja criativo, inspire-se no mundo a sua volta e aproveite o que já existe para reinventar. A proposta está sendo cada vez mais abraçada por estilistas internacionais – chegando a ser desafio até mesmo para o pessoal do Project Runaway. Observe aquelas roupas e acessórios antigos e descubra potenciais fashion adormecidos. Caso não agrade a idéia, reúna o que não precisa mais e leve a entidades carentes. Se nós não encontramos novidade, outros encontrarão.
8. Investigue as origens
Nesse boom de novos tecidos, desconfie do mote ecológico. Como tudo na vida, o que aparentemente poderia ser a solução, pode ser um problema. Mantenha-se informado, converse com os donos de lojas e das marcas e faça escolhas conscientes.
9. Escolha roupas éticas
Muitas empresas, além de cuidarem da natureza, investem em sustentabilidade e responsabilidade social. Valorize e incentive esse tipo de ação. Procure saber onde ficam as fábricas das empresas que você compra. Muitas multinacionais utilizam abordagens de mercado que incluem maximizar o lucro e deixar de lado preocupações humanitárias, como a luta pelo fim da exploração de mão-de-obra infantil e escravidão (problemas comuns em países latinos, asiáticos e africanos).
10. Não desperdice
Não é porque aquele vestido não está na próxima tendência que ele merece ir pro lixo. Se for algo que de-jeito-nenhum-você-usará-novamente, venda, troque, doe. Há muita gente no mundo precisando de ajuda. Fique informado sobre ONGs e entidades que prestam auxílio a pessoas necessitadas. Colabore com movimentos de apoio a vítimas de catástrofes climáticas (como enchentes e tempestades). É uma maneira de amenizar as conseqüências do aquecimento global e motivar uma mudança.

Fonte: http://www.coletivoverde.com.br/10-dicas-para-deixar-o-seu-armario-verde/

Saiba mais sobre a moda ecológica

Indústria da moda vem respondendo à demanda por moda ecologicamente sustentável e bonita
Os consumidores vêm se conscientizando cada vez mais com relação às mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e as más condições de trabalho no setor têxtil, especialmente na Ásia.
Alguns processos convencionais como a limpeza de lã, o curtimento e descoramento de couros e o tingimento e estampamento de tecidos consomem grandes quantidades de água, energia ou substâncias químicas tóxicas, além de emitir efluentes.
Lucas Assunção, da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), disse que a indústria da moda vem respondendo à demanda por moda ecologicamente sustentável e fibras naturais que sejam belas.
Hoje a moda ecológica atrai entre R$ 270 milhões (US$ 150 milhões) e R$ 362 milhões (US$ 200 milhões) em vendas por ano, o que para ele representa "uma parcela cada vez mais importante do mercado.
A estilista britânica Sarah Ratty, da Ciel, usa tecidos feitos de fibras naturais ou produzidos de maneira ambientalmente correta, muitos dos quais ainda não chegaram ao conhecimento da maioria dos consumidores.
- Quando pensam em moda verde, muitas pessoas pensam apenas em algodão orgânico. Mas há muitas outras fibras que podemos usar, como sedas de cânhamo, um tecido muito verde que devolve nitrogênio ao solo.
O estilista cameronês de alta-costura ecológica Anggy Haif trabalha há dez anos com fibras naturais que incluem ráfia, casca de árvores e sementes colhidas na floresta.
- Comecei porque vi que, em meu país, os têxteis modernos tinham tomado o lugar dos tradicionais, que estavam desaparecendo. A ideia foi revigorar o artesanato tradicional local. Hoje o mercado está ótimo em meu país e está se espalhando na África.
Mas o estilista dinamarquês Ingwersen disse que a moda verde pode perder força se os consumidores não encontrarem roupas que tiverem vontade de vestir.
- Se não inspirarmos outros estilistas, o usuário final e a mídia da moda, esta tendência vai morrer dentro de dois ou três anos e não terá passado de um modismo passageiro.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

De tendência para comportamento, a moda sustentável alça vôo


Pessoal, encontrei essa notícia no site Eco Desenvolvimento, onde tem meu nomezinho, lá em baixo no final. Fiquei muito feliz quando li. Leiam também toda ela, está muito interessante.


 A marca inglesa People Tree é a queridinha entre celebridades e pioneira no comércio justo - um exemplo de empresa de moda verde


Enfim, a moda sustentável alçou vôo no século 21 e passou de uma simples tendência para um comportamento. Deixando o básico de lado para buscar destaque em vitrines e passarelas de todo o mundo, a moda responsável encontrou espaço entre os estilistas e hoje é um rentável ponto de encontro entre as grandes marcas e a elegante consciência verde.


"Indústria" da moda sustentável


Indo além dos tecidos “inteligentes” (menos agressivos ao meio ambiente), promovendo o comércio justo e com responsabilidade social atrelada à produção, a moda sustentável abraçou o ideal de equilíbrio entre natureza, economia e sociedade para alcançar o novo consumidor, mais exigente e preocupado com as pegadas que deixa sobre o planeta.


Incorporando às criações de vestuário valores como consumo consciente e personalidade, a moda engajada ganhou poderosos defensores em todo o mundo, que vão desde as cooperativas de moda artesanal ao mais alto público da moda de luxo. A editora da revista Vogue, Anna Wintor, uma das primeiras a citar em um editorial o tema moda atrelado à ecologia, deixou o recado: “fashion não é sobre olhar para trás, é sobre olhar para frente”.

 A fusão entre uma grande marca e uma estilista preocupada com a sua pegada ecológica só poderia resultar em um produto viável, rentável e responsável - este foi o caso da parceria entre Stella McCartney e a gigante Adidas
 E foi percebendo que o "verde é o novo pretinho básico" que produtores e consumidores transformaram o conceito em sinônimo de glamour, originalidade e responsabilidade, e deram início a criação de uma nova cadeia de produção de moda, voltada, justamente, para o olhar “a frente”.
Entre os nomes que têm despontado na nova vertente da indústria fashion, um dos mais influentes é o da estilista inglesa Stella McCartney. Com suas roupas sofisticadas - objetos de desejo de mulheres em todo o mundo – a filha do músico Paul McCartney é prova de que é possível unir elegância, responsabilidade e rentabilidade em uma mesma peça.
Entre as suas positivas transformações na moda mundial, Stella apresentou coleções luxuosas sem o uso de couro de vaca e peles de animais, criou uma linha exclusiva para a Adidas produzida com tecidos de PET reciclado e algodão orgânico, e desenvolveu uma linha de lingerie feita somente com a fibra natural. E mesmo com as suas lojas abastecidas por energia eólica e utilizando sacolas de papel reciclado ou feitas de milho biodegradável para entregas, o novo símbolo do movimento eco fashion assume não ser totalmente sustentável e defende que “alguma coisa é melhor do que nada”. “Nós temos que pensar e agir responsavelmente”, afirma Stella.

Uma questão de consciência, mas também de estilo

A bolsa de algodão da designer Anya Hindmarch que trazia a frase 'I'm not a plastic bag' ('Eu não sou de plástico') causou frisson no mundo da moda e virou sinônimo de consciência e estilo em todo o mundo


Quem adota uma postura semelhante é a estilista Vivienne Westwood. Famosa por vestir ícones da moda, como a personagem Carrie Bradshaw, no filme Sex and the City, Vivienne desenvolveu um manifesto em prol do consumo com qualidade e não com quantidade. “Temos que comprar menos e escolher melhor”, defende.
“A moda vai e vem muito rápido. Gostaria de não ter que produzir tantas coleções. Gostaria de fazer menos e cada vez melhor”, completa a estilista, apoiada por antigos “conselhos” da lendária Coco Chanel, que não se conformava com as mulheres que dispensavam um guarda-roupa inteiro a cada estação. “A atitude denota muito dinheiro, mas pouco estilo”, dizia Chanel.
E mais indícios de que a moda sustentável veio para ficar surgem a todo o momento. Grandes grifes como Armani e Levis já se renderam à causa e lançaram linhas especiais de roupas com algodão orgânico. A gigante Cartier, que lidera um programa mundial de certificação na exploração de pedras preciosas, e a “bonequinha” da moda Tiffany & Co, que abriu mão dos corais naturais na fabricação das suas joias, também são exemplos de que o conceito já faz parte do comportamento da moda mundial.

Estilistas brasileiros na vanguarda


Sapatos, acessórios, vestidos e peças intímas: tudo ganhou sua respectiva versão "sustentável" para chegar ao público "sustentável"
Aqui no Brasil, o pioneirismo fica por dos estilistas, que trabalham defendendo conceitos como a reutilização de tecidos, a redução de resíduos e a reciclagem do que parecia perdido para o mundo fashion. Nomes como Geová Rorigues, Priscila Gomide e Carollina França caminham a passos largos na representatividade brasileira dentro do cenário dos estilistas susntentáveis.
Entre as grifes nacionais, pequenas marcas, que utilizam materiais alternativos menos agressivos e valorizam as pequenas comunidades que participam da cadeia produtiva, também ganharam força e hoje se transformaram em grandes nomes do mercado da moda, sempre ligados aos conceitos sustentáveis.
É o caso da grife brasileira Osklen, que utiliza mais de 20 tipos de materiais de origem reciclada, orgânica, natural e artesanal em suas roupas, como fibras de PET, bambu e cânhamo. A empresa ainda trabalha com produtos de comunidades e cooperativas, ajudando no desenvolvimento sócio-econômico dos grupos envolvidos ao longo da cadeia de produção, como a juta de Castanhal, no Pará, que produz os acessórios da coleção da grife.



 Em destaque, o tecido de paetês da Osklen, feito com látex sustentável, extraído responsavelmente e em parceria com comunidades de borracheiros

Outra marca bem sucedida é a Éden Organic Style. Localizada no bairro de Vila Madalena, a marca paulista possui fornecedores próprios de algodão orgânico, todos certificados pelo Instituto Biodinâmico (IBD), e utiliza produtos químicos alternativos, como açúcar invertido e corantes naturais, para garantir que a textura, lavagem e cores das peças (inclusive de calças jeans) fiquem bonitas de maneira responsável.
Desafios
O mercado em crescimento, porém, não esconde as dificuldades encontradas por quem quer produzir ou comprar esses produtos. Para a fundadora do Instituto Ecotece, Ana Cândida Zanesco, o problema para quem fabrica é se adequar a uma nova lógica de produção, diferente da que já está operando há décadas.
“Pesquisa, consultoria e adequação nas produções requerem investimento e isso pode inicialmente impactar o financeiro da empresa”, afirma. Já para os consumidores, a maior dificuldade é encontrar esse tipo de produto. “Ainda é pequeno o mercado de roupas sustentáveis”, afirma a designer de moda e adepta à moda sustentável, Micheli Hoffmann.
Fonte:http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/moda-sustentavel-de-tendencia-para-comportamento