sexta-feira, 19 de abril de 2013

Fashion Rio: Participação do Rio nas exportações brasileiras de moda bate recorde


 
O primeiro dia da edição Primavera Verão 2013 | 2014 do Fashion Rio começou com uma aprofundada palestra sobre "Moda e Sustentabilidade", ministrada pela pesquisadora americana Lynda Grose, que veio ao Rio à convite da FIRJAN para sugerir aos empresários cariocas um novo olhar sobre a relação no tripé moda, indústria e sustentabilidade.
Na sede da FIRJAN, Lynda contou sua experiência sobre os desafios e soluções encontradas ao ser uma das cofundadoras da linha ecológica da Esprit, primeira com foco em roupas ecologicamente responsáveis a ser desenvolvida por uma grande empresa e que firmou padrões pioneiros para a indústria têxtil.
Para Lynda, a sustentabilidade na moda vai muito além do algodão orgânico, mas abrange uma nova forma de se relacionar com a roupa e com o que seria ser fashion. A especialista defende a "durabilidade emocional" das peças, o que ela associa ao movimento do slow fashion - o contrario do fast fashion -, com a valorização de uma relação de atemporalidade com a roupa.
“Acredito que as peças podem contar uma história, serem passadas de mães para filhos, e desta forma evitar o desperdício e o consumo exacerbado. É preciso pensar a moda de uma forma menos consumista”.
 
De acordo com a especialista, para criar uma moda sustentável é necessário repensar todo o processo criativo, cultural e o modo de produção. “O design deve ser pensado para que se tenha não 80% mas 100% de aproveitamento do tecido orgânico na mesa do corte. Isso poderia baratear a venda dele e otimizar a indústria”, sugeriu Lynda, citando inúmeros estilistas estrangeiros que já desenham suas modelagens com este objetivo.
A palestra de Lynda veio complementar um ciclo iniciado no ano passado com o Giro SENAI Grupo de Estudos, um debate que reuniu a especialista Lilian Berlim, autora do livro “Moda e Sustentabilidade – Uma reflexão necessária”, a antropóloga e pesquisadora Nina Braga, do Instituto E, entre outros empresários em busca de soluções para suas empresas, que debateram as dificuldades para colocar em prática um modo de produção sustentável.
Estilista, consultora e educadora, Lynda é uma das cofundadoras da linha ecológica da Esprit, primeira linha de roupas ecologicamente responsável desenvolvida por uma grande empresa e que firmou padrões pioneiros para a indústria têxtil.
Autora do livro “Moda e Sustentabilidade: Design para Mudança”, Lynda é professora na Escola de Artes da Califórnia. Todo o currículo de Lynda Grose pode ser encontrado neste link: http://www.cca.edu/academics/faculty/lgrose 
 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

7 dicas para montar um guarda-roupa ecológico


A indústria da moda aos poucos está se voltando para os consumidores mais ecológicos. Atualmente, já existem pessoas nessa área especializadas em moda ecologicamente correta. É o caso dos profissionais que dão dicas sobre como montar um closet sustentável.

O objetivo é fazer com que as pessoas saibam aproveitar melhor o que já possui e completar o armário com peças realmente necessárias e fáceis de serem utilizadas. | Foto: Jen Collins/Flickr.
O objetivo é fazer com que as pessoas saibam aproveitar melhor o que já possui e completar o armário com peças realmente necessárias e fáceis de serem utilizadas.
Veja abaixo algumas sugestões ensinadas por Danielle Ferraz, consultora de imagem e expert em moda ecologicamente correta, ao portal Terra:
- Antes de qualquer coisa, analise suas medidas para ajudar na hora da escolha de roupas que, de fato, serão usadas.
- Invista nas peças básicas: camisetas, saias retas, calças de corte clássico e camisas de cores neutras.
- Cada peça exige um cuidado. Preste atenção nas indicações de lavagem e secagem da etiqueta.
- Observe as roupas que são pouco utilizada e veja se isso não acontece por falta de uma peça complementar. Por exemplo, roupas transparentes às vezes necessitam de um modelo de peça “segunda pele” para usar por baixo, já as blusas de alcinha e tomara-que-caia precisam de sutiã sem alça.
- Procure peças em brechós. Além de serem mais baratas, essas lojas fazem com que as peças circulem por mais tempo, reduzindo o impacto ambiental causado na confecção de novas roupas.
- Na hora de comprar bijuterias, opte pelas biojoias, que são acessórios feitos com matéria-prima natural.
- Não compre tudo que é tendência. Além de não ser ecológico, as chances da roupa ser deixada de lado é muito grande, uma vez que peças desse tipo são bem passageiras. Com informações do Terra.
Redação Ciclo Vivo

Fonte: Ciclo Vivo

Designer de moda ecológica lança editorial fotográfico "Ser perfeito" para despertar consciências

Marlene Oliveira, designer de moda ecológica de 27 anos (Foto: Reprodução/P3)
 
Este editorial fotográfico pretende agitar consciências. A sua mentora, Marlene Oliveira, designer de moda de 27 anos, o nomeou de “ser perfeito”, mas, na verdade, os animais escolhidos são portadores de algum tipo de deficiência. Esse é o mote e é também o apelo da designer de moda ecológica: “A perfeição não se vê, sente-se”.
Fotografado na “quinta do senhor Daniel”, a jovem pediu ajuda aos vários amigos que trabalham em associações de animais como a Maranimais, o Projeto Pata ou a Quintinha da Charca, para conseguir estes animais de quatro patas que “ficam sempre para trás na altura da adopção”.
O objetivo é romper com os preceitos que ditam o que é a perfeição. Quando se trata de animais, “a moda acaba por exibi-los como apenas mais um acessório e criar tendências como comprar animais de raça em vez de adotar os abandonados”, lê-se no comunicado de imprensa.
No editorial, participaram quatro modelos, um produtor de vídeo, uma fotógrafa, as várias associações, bem como o senhor Daniel e a esposa. E, claro, cães, gatos, cavalos e uma cabrinha, todos com necessidade de cuidados especiais.
 
Foto: Sara Branco
 
Um projeto sustentável
Em todos os trabalhos desenvolvidos enquanto designer de moda, Marlene nunca se esquece da questão da responsabilidade social, até porque acredita que a moda e a arte são ferramentas que permitem mudar mentalidades.
Mantém-se fiel a si mesma e afirma que quem conhece o seu trabalho sabe que não usa peles, pelos, lãs ou sedas nas suas criações.
Recorre a materiais ecologicamente sustentáveis, como algodão biológico ou linho natural. O critério de escolha passa pelos produtos que respeitem os direitos humanos e não envolvam exploração animal, privilegiando também fornecedores que garantem um comércio justo.
Projetos para o futuro já existem, mas a jovem, natural de Santa Maria da Feira, prefere não revelar. “O que gostava mesmo era de conseguir um investidor” que apostasse nas suas ideias, refere ao P3.
Licenciada, desde 2009, em Design de Moda e Têxtil pela Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB, Marlene já estagiou no atelier de Ana Salazar e já foi premiada duas vezes em 2012, com o prémio Inova Têxtil do CITEVE (referente a 2011) e com o de Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias.
As peças de Marlene podem ser adquiridas exclusivamente através do site Tecidos Ecológicos.
 
Foto: Sara Branco