terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Sustentabilidade na indústria têxtil

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A sustentabilidade é um tema que está em alta em todos os setores. A indústria têxtil e de vestuáriotambém são áreas que estão atentas a essa necessidade da sociedade e têm buscado formas de tornar aprodução e o consumo de matéria-prima mais sustentáveis. Além da preocupação com o futuro, as empresas também buscam confeccionar produtos que se adequem a consciência dos consumidores, que estão mais preocupados com as questões ambientais.

A sustentabilidade é baseada em cinco questões que precisam ser levadas em conta simultaneamente: social, econômica, ecológica, espacial e cultural. Cada um desses pontos devem ser contemplados dentro de um planejamento de desenvolvimento sustentável. Ou seja, a empresa precisa ter um plano ou produção que abranja todas essas questões. Esse é um dos grandes desafios que as indústrias de todo o planeta enfrentam atualmente.

Algumas ferramentas auxiliam as empresas na busca da sustentabilidade: a eco-eficiência e o ecodesign. A eco-eficiência visa o desenvolvimento sustentável, onde prima-se pela confecção de produtos com o máximo de aproveitamento dos recursos e na redução da geração de rejeitos. Um conceito bastante relevante, aplicável e que causa grande impacto na indústria têxtil, uma vez que esta utiliza grande quantidade de matéria-prima, energia e água na produção.

Já o conceito de ecodesign visa a diminuição do impacto de um determinado produto no meio ambiente, sem que este perca qualidade, tornando a vida dos consumidores melhor. O objetivo do ecodesign oudesign sustentável é promover ações que priorizem o uso racional dos recursos disponíveis.

Certificações ambientais também são bons aliados das indústrias têxteis e confecções na redução dos prejuízos causados ao meio ambiente, pois baseia-se na análise do processo produtivo da empresa. Caso a firma não esteja funcionando dentro do recomendado para a obtenção do selo, precisa se adequar.

A utilização dessas ferramentas atuam no sentido de encaminhar a confecção dos produtos no sentido de agregar capacidades estéticas, ergonômicas e funcionais. Também possibilitam uma mudança significativa na produção, tornando-a mais consciente e menos danosa ao meio ambiente.

Fonte: Audaces.com

Slow Fashion: sustentabilidade na moda


Em meados de 1980, o italiano Carlo Petrini criou, para protestar contra a abertura de um restaurante de uma rede de fast food na Piazza di Spagnem Roma, o slow food. O objetivo do slow food é promover a maior apreciação e a qualidade da comida, reivindicando por um maior destaque para as tradições culinárias regionais, e pelas informações a respeito da procedência e do método de preparo de cada alimento.

Podemos dizer que o conceito de slow tem sua melhor definição em: desaceleração do consumo, isto é, consumir não só por consumir, mas sim valorizando o prazer e a qualidade, criando uma relação de afeto com o produto. Desde então, esse conceito vem sendo aplicado a diversas outras áreas, inclusive na moda onde se usa o termo slow fashion.

No geral, o nosso sistema de moda é totalmente descartável e insustentável. A cada estação, as tendências mudam, o guarda-roupa precisa passar por uma completa transformação e a massa popular se veste praticamente de maneira igual, pois isso é o que é imposto na mídia e no sistema de fast fashion. O slow fashion surge principalmente para ir contra essa sazonalidade frenética, dando mais valor ao processo criativo e de produção do produto.
Movimento slow fashion valoriza o trabalho artesanal/ Reprodução

“Compro de Quem Faz” é um dos sub-movimentos que surgiram a partir do conceito de slow fashion, que valoriza o artesanato, o do it yourself e tudo aquilo que é feito com carinho e com atenção especial ao produto e não tanto à venda e ao lucro.

Além de toda essa história ser uma macrotendência mundial, é um movimento muito favorável à moda, a quem faz (e ama) moda e a quem luta por um mundo melhor, mais sustentável, não tão focado no lucro e com uma ênfase maior nos sentimentos e percepções humanas.

Por Isadora Guercovich
Estudante de Produção de Moda do Senai/SC

Fonte: Audaces.com

Reciclagem de fibras: roupas velhas viram matéria-prima

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A preocupação com a exploração dos recursos e com a preservação do meio ambiente leva a uma busca por iniciativas que priorizem a reciclagem. Essa preocupação também está presente na indústria têxtil e de vestuário, que passa a olhar com outros olhos para as roupas já utilizadas pelo consumidor e que vão parar no lixo. Algumas empresas já fazem a reciclagem das fibras e acrescentam o material reaproveitado aos produtos novos.

Empresas como a H&M, G-Star e Kuyichi visualizaram essas questões e investem na reciclagem das fibras têxteis. Um sistema que tem como característica o fechamento do ciclo na cadeia de produção e comercialização da roupa e que reduz o impacto ambiental provocado pela indústria de vestuário, pois diminui a quantidade de rejeito levado para os aterros. Um exemplo de sucesso dessa reciclagem é da H&M, que está recolhendo roupas velhas em diferentes países.
A H&M lançou em 2011 uma coleção feita com algodão orgânico e poliéster reciclado/ Reprodução

A empresa criou um incentivo para que as pessoas contribuam com a iniciativa. A cada sacola de roupas velhas que o consumidor entrega na loja, ele recebe descontos na compra de novos produtos. As lojas aceitam peças de todas as marcas e o consumidor pode contribuir, no máximo, com duas sacolas por dia. O especialista de ciclo de vida da H&MErik Karlsson, aponta que até 95% do vestuário que são jogados nos lixões poderiam ter outras utilizações e que na Suécia, por exemplo, as pessoas põem fora cerca de 15 quilos de roupas por ano.

Já a G-Star começou a reciclagem das roupas usadas dentro de “casa”, ou seja, o jeans velho usado pelos funcionários e as peças defeituosas estão sendo reaproveitados. A reciclagem de fibras também é feita pela Kuyichi. A empresa tem a intenção de ampliar em até 40% o uso desse material nos seus jeans. E para garantir a qualidade e a resistência do material final, o material reaproveitado é fiado com algodão virgem orgânico e depois será usado como denim.

A reciclagem das fibras evita com que toneladas de produtos vão pára o “lixão” e ajudam a natureza, uma vez que camisetas, jeans e tecidos de algodão – fibra natural – podem levar até um ano para se decompor. Esse tempo aumenta quando se trata dos tecidos sintéticos que podem levar, no máximo, um século para se desintegrarem, mesmo período que metais e borrachas levam para se decompor.

A reciclagem das fibras pode se tornar uma prática ainda mais frequente, mas para isso é necessário que os consumidores entendam a importância destas iniciativas e tornem-se mais criteriosos com os métodos utilizados para se desfazerem das suas peças de vestuário.

Fonte: Audaces.com

Eco Fashion destaca-se por produção mais sustentável

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A crescente preocupação com o meio ambiente têm gerado reflexões sobre a produção e o ciclo de vida de muitos produtos a fim de avaliar se são sustentáveis. Uma forma de conseguir atingir uma produção mais consciente e menos agressiva ao meio ambiente é produzir dentro do conceito eco fashion.

De acordo com o que é apontado na dissertação Eco fashion - sustentabilidade no Setor Têxtil, o vestuário eco fashion é criado com preocupações sustentáveis, ou seja, é concebido “para um longo período de uso; é produzido num sistema de produção ético; possivelmente até local; causa pouco ou nenhum impacto ambiental e faz uso dos rótulos ecológicos ou dos materiais recicláveis” (Joergens, 2006, p. 360-371).

O conceito de eco fashion está intimamente ligado ao fato de criar acessórios e vestuário que visem a redução dos impactos no meio ambiente. Para conquistar este objetivo é essencial que moda, tecnologia e sustentabilidade caminhem juntas de forma que a produção de peças tenham o suporte necessário para a confecção e com a menor agressão possível à natureza.

Uma forma de atingir essa produção que agrida o mínimo possível o meio ambiente é o uso de tingimento natural, algodão orgânico, couro ecológico, plástico biodegradável e outros materiais naturais e reciclados. Essa matéria-prima pode ser transformada em roupas, sapatos, bolsas e até joias e atingir os consumidores que buscam produtos mais sustentáveis.

Além da substituição da matéria-prima utilizada, mudanças no processo produtivo que visem o melhor aproveitamento e a economia dos materiais, bem como alterações que gerem menos resíduos nas confecções contribuem para a construção de uma peça mais sustentável. A incorporação deste conceito e trabalho nas confecções reduz o impacto ambiental e gera valor à marca, abrindo para que ela se posicione no mercado de uma outra forma.

A indústria do vestuário começa a abrir os olhos e a investir em opções que agridem menos o meio ambiente. Uma mostra disso é o desfile das marcas OsklenRonaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch que apresentaram no 29º São Paulo Fashion Week peças produzidas de forma mais sustentável.

Fonte: Audaces.com

Moda e Meio Ambiente: Como produzir sem agredir a natureza?


Durante toda a evolução da humanidade, inúmeras preocupações foram levantadas e muitas solucionadas, porém, o acelerado ritmo do crescimento tecnológico fez com que preocupações básicas de cuidado e preservação do meio ambiente fossem postas de lado em prol de um mundo mais integrado, globalizado e interativo.

Esse advento da tecnologia e a alta velocidade do fluxo de informações leva, cada dia mais, ao aparecimento de novas formas de construir o mundo, formas de produzir, de outra maneira, elementos que só a natureza nos proporciona.

Contudo, o aparecimento dos processos químicos e sintéticos, revolucionou parte dessa evolução. A maneira com que tudo é desprezado ao final da sua vida útil ou mesmo após o seu processo de produção, nomeadamente na indústria têxtil, é uma grande preocupação atual, ou seja, como privar a natureza de seus efeitos colaterais.

Devemos, como profissionais de moda, nos preocuparmos cada vez mais com esse propósito de preservação ambiental, de sustentabilidade e de retorno às raízes socioambientais. Mas como a moda e o meio ambiente podem conviver em harmônia? Usando fibras, fios e tecidos preocupados com o meio ambiente e que não o prejudique.
A lã é natural, biodegradável e renovável,deixando claro que é possível a relação entre moda e meio ambiente/ Reprodução

Na prática, essa relação entre moda e meio ambiente pode ser vista a partir da utilização de fibras naturais que não usem química na sua produção, desde o fio até a roupa pronta. Uma fibra que particularmente atende essas exigências é a lã, que durante todo seu processo não necessita de produtos químicos, é 100% natural, biodegradável e renovável
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Assim, olhando de forma diferente os processos primitivos, faz surgir elementos novos!

Por Ana Luiza Olivete
Designer de Moda, Professora e Consultora Empresarial

Fonte: Audaces.com

Mercado de Orgânicos: Um nicho para a indústria do vestuário

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Uma produção que cada vez mais vêm se destacando no Brasil é a de orgânicos, que têm se firmado como uma alternativa para aquelas pessoas que se preocupam tanto com a saúde quanto com o meio ambiente. De olho nesta fatia do mercado, empresas e agricultores estão investindo em sistemas de produção mais sustentáveis e menos agressivos à natureza e vale destacar que esta preocupação deixou de ser apenas na alimentação e está chegando a outros setores, como o têxtil e de vestuário. A estimativa é que o mercado de orgânicos cresça 20% ao ano.

Cooperativa Central Justa Trama, situada em Porto Alegre (RS), adotou o material orgânico na sua produção de vestuário e o utiliza como matéria-prima na fabricação das roupas de algodão produzidas de forma agroecológica. A cooperativa envolve em todo o processo cerca de 700 pessoas que atuam da produção à confecção das peças e da tecelagem à fiação.

Para a diretora-presidente da Cooperativa, Nelsa Fabian Nespolo, este é um mercado que se firma por meio da consciência dos consumidores. A crescente procura por produtos que tenham em sua produção esse apelo e agridam o mínimo possível o meio ambiente é uma forma que os consumidores têm de dizer aos empresários que há o desejo de melhorar o meio ambiente e o planeta. Porém, como o mercado de orgânicos é algo que está em desenvolvimento, ainda há dificuldade na aquisição de matéria-prima, como o algodão, que no caso da Justa Trama vem do sertão do Ceará.

Regulamentação
Apesar do crescimento do mercado de orgânicos e dos incentivos de instituições e do governo, a legislação e a burocracia ainda são barreiras para o desenvolvimento da produção de orgânicos no Brasil. A falta de uma regulamentação unificada que incida sobre todos os tipos de produtos é um problema, uma vez existem diferentes normas que incidem sobra cada produto, ou seja, dependendo do tipo de produto, ele é regulado por órgãos diferentes, como os alimentos pelo Ministério da Agricultura e o de cosméticos pelaAgência Nacional Sanitária (Anvisa).

Apesar do cultivo e comércio de orgânicos terem sido aprovados no final de 2003, eles foram regulamentados apenas quatro anos depois. Já em 2011 foi criado o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos pelo Governo Federal, no qual constam produtores, cooperativas e associações que atuam nesta área registrados. 
A lista está disponível para download aqui.

Fonte: Audaces.com