Em meados de 1980, o italiano Carlo Petrini criou, para protestar contra a abertura de um restaurante de uma rede de fast food na Piazza di Spagnem Roma, o slow food. O objetivo do slow food é promover a maior apreciação e a qualidade da comida, reivindicando por um maior destaque para as tradições culinárias regionais, e pelas informações a respeito da procedência e do método de preparo de cada alimento.
Podemos dizer que o conceito de slow tem sua melhor definição em: desaceleração do consumo, isto é, consumir não só por consumir, mas sim valorizando o prazer e a qualidade, criando uma relação de afeto com o produto. Desde então, esse conceito vem sendo aplicado a diversas outras áreas, inclusive na moda onde se usa o termo slow fashion.
No geral, o nosso sistema de moda é totalmente descartável e insustentável. A cada estação, as tendências mudam, o guarda-roupa precisa passar por uma completa transformação e a massa popular se veste praticamente de maneira igual, pois isso é o que é imposto na mídia e no sistema de fast fashion. O slow fashion surge principalmente para ir contra essa sazonalidade frenética, dando mais valor ao processo criativo e de produção do produto.
Movimento slow fashion valoriza o trabalho artesanal/ Reprodução
“Compro de Quem Faz” é um dos sub-movimentos que surgiram a partir do conceito de slow fashion, que valoriza o artesanato, o do it yourself e tudo aquilo que é feito com carinho e com atenção especial ao produto e não tanto à venda e ao lucro.
Além de toda essa história ser uma macrotendência mundial, é um movimento muito favorável à moda, a quem faz (e ama) moda e a quem luta por um mundo melhor, mais sustentável, não tão focado no lucro e com uma ênfase maior nos sentimentos e percepções humanas.
Por Isadora Guercovich
Estudante de Produção de Moda do Senai/SC
Fonte: Audaces.com
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