quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Loja de Moda Ecológica em Florianópolis - Trama Natural

Estive sábado na Lagoa e visitei a loja e gostei muito e trouxe informações aqui para vocês!!!


A Trama Natural foi fundada em 2010, e tem provido o comércio local com o que há de melhor em moda ecológica e sustentável. Localizada na Lagoa da Conceição, nossa empresa tem se destacado como uma referência em vestir consciente e ecológico.




O interior da Loja: 


Para mais informações:


Site: www.tramanatural.com.br
Twitter: @tramanatural 
Facebook: Trama Natural

SOMOS TODOS DE CARNE

Oiii Pessoal, mudando um pouquinho de assunto Moda, mas relacionando com o Meio Ambiente, li essa matéria do site da Revista TRIP, este artigo é escrito pela Lia Hama. Fala sobre o consumo de carne, achei muito interessante e resolvi divulgar. Parabéns Revista Trip por falar sobre este assunto muito importante!!!
Segue abaixo um trecho da matéria:


Não imagina uma refeição sem carne? Então é melhor se informar e comer melhor



Comer carne, um ato aparentemente banal, traz uma série de implicações para a saúde das pessoas, o meio ambiente e o bem-estar dos animais que muitas vezes nem passam pela cabeça de quem consome. Mas nem tudo está perdido... Ainda. informe-se e coma melhor

Elohim Barros/ www.flickr.com/elohimbarros
Quando compramos uma bandeja de carne no supermercado ou pedimos um inocente hambúrguer, pouca gente se dá conta de que ali está um pedaço de um animal. E que aquela refeição tem cada vez mais impacto no meio ambiente. Foi-se o tempo em que a maioria da carne vinha de fazendas onde os animais eram criados soltos e podiam, bem ou mal, viver como sua espécie deveria viver. O que comemos hoje na maior parte é fruto de uma criação em escala industrial, na qual os animais são geneticamente preparados, têm a mobilidade restrita em confinamentos superlotados e estressantes e recebem uma dieta carregada de aditivos. A produção, o tratamento e o abate muitas vezes são feitos de maneira cruel e dolorosa. Informações que passam bem longe de cardápios e rótulos. “A carne é uma indústria de US$ 140 bilhões anuais, que ocupa perto de um terço de todo o território do planeta, molda os ecossistemas do oceano e pode determinar o futuro do clima da Terra”, diz Jonathan Safran Foer no livro Comer animais (ed. Rocco), em que relata como funciona a produção da carne em escala industrial. Como muitos que decidiram explorar o assunto, virou vegetariano convicto. Nas próximas páginas, reunimos dados que mostram o que está por trás dos pedaços de animais oferecidos em restaurantes e supermercados. Não consegue, nem quer, viver sem carne? Tudo bem. Mas é bom que saiba o que isso significa. Para você e para o resto do planeta.


Para ler na íntegra acesse: http://revistatrip.uol.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Greenpeace encontra substância tóxica em roupas de marcas famosas


O Greenpeace realizou um estudo em que foi detectada a presença de substâncias tóxicas em diversas roupas de marcas internacionais. O problema foi encontrado até em locais onde o uso dos químicos é proibido.
A pesquisa realizada pela organização ambiental foi apresentada em Pequim, na última semana. De acordo com o comunicado, as substâncias foram encontradas em roupas vendidas pelo mundo todo. Em pelo menos 14 marcas conhecidas foi encontrada a substância nonilfenol etoxilado (NPE), entre elas Adidas, Nike, Puma, Uniqlo, Calvin Klein, Li Ning, H&M, Abercrombie & Fitch, Lacoste, Converse e Ralph Lauren.

Foi verificado que dois terços dos 78 produtos estudados, em lojas de 18 países, continham o NPE, que é proibido na União Europeia (UE) e tem restrições na China, além de ser uma substância que pode causar problemas hormonais.
Em julho, o Greenpeace já havia alertado quanto ao uso de nonilfenol e PFC (outra substância proibida na UE) em duas fábricas chinesas que trabalham no setor têxtil para multinacionais.
 O Greenpeace realizou um estudo em que foi detectada a presença de substâncias tóxicas em diversas roupas de marcas internacionais. |Imagem: AFP / Laurent Fievet


O Greenpeace realiza uma campanha mundial contra o uso de materiais tóxicos e afirmam que o nonilfenol ou NPE altera o desenvolvimento sexual e pode afetar o sistema reprodutivo, mesmo em baixas concentrações. Além disso, a substância é uma ameaça para a saúde e para o meio ambiente. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Papel de Cocô de Elefante!

Gente, olha que idéia maravilhosa que está a venda na loja virtual Greenvana Eco Store (Greenvana.com), a novidade chama-se Elephant Dung Paper, é uma papel feito com o esterco dos Elefantes da Tailândia, o vídeo explicando como é feito, está no Youtube, mesmo assim segue abaixo:

Estou extremamente admirada com a idéia, mais informações:
"O papel produzido com excremento de elefantes é uma ótima alternativa ao convencional. Evita o corte de árvores e ainda valoriza uma ancestral parceria entre homens e elefantes na Tailândia. Essa função socioambiental fortalece culturas tradicionais e mantém os animais. Estima-se que um elefante coma entre 200 e 250 quilogramas por dia e produza cerca de 50 quilos de resíduos, o que gera cerca de 115 folhas de papel diariamente. O excremento de elefantes é quase inteiramente formado por fibras, já que sua alimentação é herbívora. Ele passa por um tratamento com altas temperaturas para eliminar bactérias para depois a massa ser transformada em folhas que são secas ao sol e resultam em papel artesanal. A simplicidade e a eficiência do processo são notáveis. A empresa responsável, a Elephant Dung Paper, fica dentro de uma reserva para elefantes no norte da Tailândia, a Thai Elephant Conservation Center. Com a produção do papel, financiam o que eles chamam de “ciclo de conservação”: coleta de excrementos, produção de papel, design de produtos e comercialização e, então, os lucros são revertidos para a 
conservação dos elefantes."

"Parece estranho à primeira vista, mas é tão bacana que acaba cativando até os mais resistentes. A marca tailandesa Elephant Dung Paper utiliza fibras do excremento dos próprios elefantes para produzir papel artesanal. O produto é 100% livre de bactérias, não usa cloro, é ecológico e ainda tem foco social, revertendo parte dos lucros à conservação dos animais na Tailândia. O charme fica por conta do trabalho artesanal em metal com imagem de elefantes em alto relevo."

Olha alguns produtos que estão disponíveis para vender lá no site:



Boicote ao trabalho escravo dos magazines!!!

Oii Pessoal, sei que estava um pouco sumida daqui do ME, mas estou meio corrida com muitas coisas, comecei a dar aulas de Desenho de Moda para meninas de 11 a 14 anos, estou muito feliz! Elas estão adorando!

Além disso, gostaria de pedir novamente a vocês, respondam minha Pesquisa sobre os Hábitos do Consumo de Moda, preciso muito da resposta de vocês. O link tá ali no lado direito em cima do meu perfil!!! Por favor!!! ------------------------------------->

Mas agora o mais importa, está rolando na internet e nas redes sociais a polêmica do trabalho escravo encontrado em SP, que prestava serviços para a grande magazine Zara. Sendo que está não foi a primeira, muitos outros magazines também já passaram pelo mesmo problema, mão-de-obra escrava e sem as minimas condições de trabalho, isso é um absurdo! Vamos boicotar essas empresas!!! Não podemos esquecer que Desenvolvimento Sustentável significa "Economia - Meio Ambiente - Sociedade" em Equilíbrio!!!

Segue abaixo o vídeo do Programa A Liga da TV Bandeirantes falando sobre o assunto.

No site Reporter Brasil tem um post completo sobre a investigação do Ministério do Trabalho e do SRTE/SP neste caso, segue abaixo o post na integra.

16/08/2011 - 23:55

Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava

Em recente operação que fiscalizou oficinas subcontratadas de fabricante de roupas da Zara, 15 pessoas, incluindo uma adolescente de 14 anos, foram libertadas de trabalho escravo contemporâneo em plena capital paulista
Por Bianca Pyl* e Maurício Hashizume
São Paulo (SP) - Nem uma, nem duas. Por três vezes, equipes de fiscalização trabalhista flagraram trabalhadores estrangeiros submetidos a condições análogas à escravidão produzindo peças de roupa da badalada marca internacional Zara, do grupo espanhol Inditex.

Na mais recente operação que vasculhou subcontratadas de uma das principais "fornecedoras" da rede, 15 pessoas, incluindo uma adolescente de apenas 14 anos, foram libertadas de escravidão contemporânea de duas oficinas - uma localizada no Centro da capital paulista e outra na Zona Norte.

Para sair da oficina que também era moradia, era preciso pedir autorização (Foto: Fernanda Forato)

A investigação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) - que culminou na inspeção realizada no final de junho - se iniciou a partir de uma outra fiscalização realizada em Americana (SP), no interior, ainda em maio. Na ocasião, 52 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes; parte do grupo costurava calças da Zara.

"Por se tratar de uma grande marca, que está no mundo todo, a ação se torna exemplar e educativa para todo o setor", coloca Giuliana Cassiano Orlandi, auditora fiscal que participou de todas as etapas da fiscalização. Foi a maior operação do Programa de Erradicação do Trabalho Escravo Urbano da SRTE/SP, desde que começou os trabalhos de rastreamento de cadeias produtivas a partir da criação do Pacto Contra a Precarização e Pelo Emprego e Trabalho Decentes em São Paulo - Cadeia Produtiva das Confecções.

A ação, complementa Giuliana, serve também para mostrar a proximidade da escravidão com pessoas comuns, por meio dos hábitos de consumo. "Mesmo um produto de qualidade, comprado no shopping center, pode ter sido feito por trabalhadores vítimas de trabalho escravo".

Roupa com etiqueta da marca, falta de espaço, riscos e banho frio (Fotos: FF, BP e SRTE/SP)
O quadro encontrado pelos agentes do poder público, e acompanhado pelaRepórter Brasil, incluía contratações completamente ilegais, trabalho infantil, condições degradantes, jornadas exaustivas de até 16h diárias e cerceamento de liberdade (seja pela cobrança e desconto irregular de dívidas dos salários, o truck system, seja pela proibição de deixar o local de trabalho sem prévia autorização). Apesar do clima de medo entre as vítimas, um dos trabalhadores explorados confirmou que só conseguia sair da casa com a autorização do dono da oficina, só concedida em casos urgentes, como quando levou seu filho ao médico.

Quem vê as blusas de tecidos finos e as calças da estação nas vitrines das lojas da Zara não imagina que, algumas delas, foram feitas em ambientes apertados, sem ventilação, sujos, com crianças circulando entre as máquinas de costura e a fiação elétrica toda exposta. Principalmente porque as peças custam caro. Por fora, as oficinas parecem residências, mas todas têm em comum as poucas janelas sempre fechadas e com tecidos escuros para impedir a visão do que acontece do lado de dentro das oficinas improvisadas.

As vítimas libertadas pela fiscalização foram aliciadas na Bolívia e no Peru, país de origem de apenas uma das costureiras encontradas. Em busca de melhores condições de vida, deixam os seus países em busca do "sonho brasileiro". Quando chegam aqui, geralmente têm que trabalhar inicialmente por meses, em longas jornadas, apenas para quitar os valores referentes ao custo de transporte para o Brasil. Durante a operação, auditores fiscais apreenderam dois cadernos com anotações de dívidas referentes à "passagem" e a "documentos", além de "vales" que faziam com que o empregado aumentasse ainda mais a sua dívida. Os cadernos mostram alguns dos salários recebidos pelos empregados: de R$ 274 a R$ 460, bem menos que o salário mínimo vigente no país, que é de R$ 545.

As oficinas de costura inspecionadas não respeitavam nenhuma norma referente à Saúde e Segurança do Trabalho. Além da sujeira, os trabalhadores conviviam com o perigo iminente de incêndio, que poderia tomar grandes proporções devido a quantidade de tecidos espalhados pelo chão e à ausência de janelas, além da falta de extintores de incêndio. Após um dia extenuante de trabalho, os costureiros, e seus filhos, ainda eram obrigados a tomar banho frio. Os chuveiros permaneciam desligados por conta da sobrecarga nas instalações elétricas, feitas sem nenhum cuidado, que aumentavam os riscos de incêndio.

As cadeiras nas quais os trabalhadores passavam sentados por mais de 12 horas diárias eram completamente improvisadas. Alguns colocavam espumas para torná-las mais confortáveis. As máquinas de costura não possuíam aterramento e tinham a correia toda exposta (foto acima). O descuido com o equipamento fundamental de qualquer confecção ameaçava especialmente as crianças, que circulavam pelo ambiente e poderiam ser gravemente feridas (dedos das mãos decepados ou até escalpelamento).

Para Giuliana, a superexploração dos empregados, que têm seus direitos laborais e previdenciários negados, tem o aumento das margens de lucro como motivação. "Com isso, há uma redução do preço dos produtos, caracterizando odumping social, uma vantagem econômica indevida no contexto da competição no mercado, uma concorrência desleal".
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lavrou 48 autos de infração contra a Zara devido as irregularidades nas duas oficinas. Um dos autos se refere à discriminação étnica de indígenas quéchua e aimará. De acordo com a análise feita pelos auditores, restou claro que o tratamento dispensado aos indígenas era bem pior que ao dirigido aos não-indígenas.
"Observa-se com nitidez a atitude empresarial de discriminação. Todos os trabalhadores brasileiros encontrados trabalhando em qualquer um dos pontos da cadeia produtiva estavam devidamente registrados em CTPS [Carteira de Trabalho e Previdência Social], com jornadas de trabalho condizentes com a lei, e garantidos em seus direitos trabalhistas e previdenciários", destaca o relatório da fiscalização. "Por outro lado, os trabalhadores imigrantes indígenas encontram-se em situação de trabalho deplorável e indigno, em absoluta informalidade, jornadas extenuantes e meio ambiente de trabalho degradante".

Dignidade é subtraída por dívidas, degradância, longas jornadas e baixa remuneração (Foto: BP)

A equipe de fiscalização foi composta por dois agentes da Polícia Federal (PF), integrantes do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, auditores da SRTE/SP e dirigente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco.

Blusas e vestidosA primeira oficina vistoriada mantinha seis pessoas, incluindo uma adolescente de 14 anos, em condições de trabalho escravo. No momento da fiscalização, os empregados finalizavam blusas da Coleção Primavera-Verão da Zara, na cor azul e laranja (fotos acima). Para cada peça feita, o dono da oficina recebia R$ 7. Os costureiros declararam que recebiam, em média, R$ 2 por peça costurada. No dia seguinte à ação, 27 de junho, a reportagem foi até uma loja da Zara na Zona Oeste de São Paulo (SP), e encontrou uma blusa semelhante, fabricada originalmente na Espanha, sendo vendida por R$ 139.

A oficina funcionava em um cômodo de uma casa pequena - na parte de cima de um sobrado. Seis máquinas de costura ocupavam uma pequena sala. Dois quartos abrigavam todos os trabalhadores, inclusive casais com filhos. O espaço era dividido por guarda-roupas e panos. No banheiro, não havia água banho quente, pois o chuveiro estava desligado para reduzir o consumo de energia elétrica, que era totalmente destinada à produção.

A adolescente de 14 anos tomava conta das duas crianças enquanto as mães trabalhavam. Ela ajudava também na limpeza da casa e no preparo das refeições. No Brasil desde 2010, não está estudando. Seu irmão juntou dinheiro e foi buscá-la na capital boliviana de La Paz.

A fiscalização lacrou a produção e apreendeu parte das peças, incluindo a peça piloto da marca Zara. As máquinas de costura também foram interditadas por não oferecerem segurança aos trabalhadores.

Prédio onde ficava oficina, condições degradantes, precariedades e etiquetas (Fotos: SRTE/SP, FF e BP)

Da outra oficina localizada em movimentada avenida do Centro, foram resgatadas nove pessoas que produziam uma blusa feminina e vestidos para a mesma coleção Primavera-Verão da Zara.

A intermediária AHA (que também utilizava a razão social SIG Indústria e Comérico de Roupas Ltda.) pagava cerca de R$ 7 por cada peça para a dona da oficina, que repassava R$ 2 aos trabalhadores. Peça semelhante a que estava sendo confeccionada foi encontrada em loja da marca com o preço de venda de R$ 139.

Uma jovem de 20 anos, vinda do Peru, disse à reportagem que chegou a costurar 50 vestidos em um único dia. Em condições normais, estimou com Maria Susicléia Assis, do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, seria preciso um tempo muito maior para que a mesma quantidade da difícil peça de vestuário fosse toda costurada.

Há 19 anos no Brasil, a boliviana que era dona da oficina teve todos os seus oito filhos (entre 5 meses e 15 anos) nasceram aqui. Ela sonha em dar um futuro melhor aos rebentos, para que não tenham que trabalhar "nas máquinas, com costura". "Todo mundo na minha terra que vinha para o Brasil dizia que aqui era bom. E eu vim", contou a senhora.

Parte da produção foi apreendida, assim como as peças pilotos, que carregavam instruções da Zara de como confeccionar a peça de acordo com o padrão definido pela varejista multinacional. "Isso demonstra a subordinação das oficinas e da AHA em relação à Zara", realça Giuliana. A oficina e um dos quartos, onde dormiam dois trabalhadores e duas crianças, foram interditados. A fiação elétrica estava totalmente exposta e havia possibilidade de curto-circuito.

Os trabalhadores declararam trabalhar das 7h30 às 20h, com uma hora de almoço, de segunda à sexta-feira. Aos sábados, o trabalho seguia até às 13h. Um trabalhador chegou a relatar que há dias em que o trabalho se estende até às 22h.

O local funciona em um sobrado de dois andares (foto ao lado), com muitos cômodos. O maior deles, onde os trabalhadores passavam a maior parte do dia, acomodava as máquinas. Os cinco banheiros estavam muito sujos. Somente três possuíam chuveiros, mas todos também estavam desligados.

Um dos trabalhadores, irmão da dona da oficina, está no Brasil há sete anos e já possui os documentos e até CTPS. "Eu trabalho na costura desde que cheguei. Mas eu queria mesmo era trabalhar com música. Eu consegui comprar algum equipamento já".

Outro jovem, de 21 anos, disse que não gosta muito do trabalho porque é "cansativo". Ele recebe, em média, R$ 500 por mês. "Eu vou voltar para a Bolívia. Queria estudar Turismo e trabalhar com isso. A costura é só para sobreviver", projetou.

A Zara foi avisada do flagrante no momento da ação pelos auditores fiscais e convidada a ir até a oficina de costura, mas não compareceu.

No dia seguinte, compareceram à sede da SRTE/SP dois diretores, que não quiseram participar da reunião de exposição dos fatos,. Até o advogado da empresa foi embora sem ver as fotos da situação encontrada. Somente duas advogadas da AHA (que no início da reunião se apresentaram como enviadas dos donos das oficinas e até dos trabalhadores) participaram da reunião com os auditores. A empresa não providenciou sequer alimentação às vítimas, que ficou a cargo do sindicato da categoria.

FluxogramaA intermediária na contratação das duas oficinas em que houve libertações é a AHA Indústria e Comércio de Roupas Ltda. No período de abril a junho deste ano, a produção de peças para a Zara chegou a 91% do total. A SRTE/SP descobriu que há 33 oficinas sem constituição formal, com empregados sem registros e sem recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) contratadas pela AHA para a executar a atividade de costura.


Por meio de análises de documentos da empresa AHA, incluindo contábeis, a fiscalização verificou que, neste mesmo período, mais de 46 mil peças foram produzidas para a Zara sem nenhuma formalização.

Durante o período auditado pela fiscalização (julho de 2010 a maio deste ano), a AHA foi a fabricante da Zara que mais cresceu em faturamento e número de peças de roupas faturadas para a marca, a ponto, na descrição da SRTE/SP, de se tornar a maior fornecedora da Zara na área de tecidos planos. Entretanto, chamou a atenção dos agentes que, nesse mesmo período, a empresa diminuiu o número de empregados formalizados. Os contratados diretamente da AHA passaram de 100 funcionários para apenas 20 (gráfico abaixo). A redução do  de trabalhadores na função de costureiros foi ainda mais drástica: dos anteriores 30 para cinco funcionários exercendo a função.

"O nível de dependência econômica deste fornecedor para com a Zara ficou claro para a fiscalização. A empresa funciona, na prática, como extensão de logística de sua cliente preponderante, Zara Brasil Ltda.", sustentam os auditores fiscais do trabalho que estiveram à frente da investigação.

Foi apurado que até a escolha dos tecidos era feita pelo Departamento de Produtos da Zara. Mas o fabricante terceirizado encaminhava peças piloto por conta própria para a matriz da Zara (Inditex) na Espanha, após a aprovação de um piloto pela gerente da Zara Brasil. Somente após a anuência final da Europa, o pedido oficial era emitido para o recebimento das etiquetas. Na opinião de Luís Alexandre Faria, auditor fiscal que comandou as investigações, a empresa faz de tudo, porém, para não "aparecer" no processo.

Para a fiscalização trabalhista, não pairam dúvidas acerca do gerenciamento da produção por parte da Zara. Entre os atos típicos de poder diretivo, os agentes ressaltaram "ordens verbais, fiscalização, controle, e-mails solicitando correção e adequação das peças, controle de qualidade, reuniões de desenvolvimento, cobrança de prazos de entrega etc."

Os 48 autos de infração foram lavrados em nome da Zara. "A empresa tem responsabilidade por quem trabalha para ela. Esses trabalhadores estavam produzindo peças da Zara, e seguindo determinações da empresa", coloca Giuliana. É a chamada responsabilização estrutural, completa Luís. "Essa é a atividade fim da empresa, a razão de sua existência. Portanto, é dever dela saber como suas peças estão sendo produzidas".

A confecção de uma calça gerava ao dono da oficina terceirizada R$ 6, em média. Este valor era dividido em três partes: R$ 2 para os trabalhadores; R$ 2 para as despesas com alimentação, moradia e outros custos; e R$ 2 para o dono da oficina. Após a produção na oficina, a intermediária (AHA) recolhia a produção e encaminhava as peças à lavanderia, também terceirizada. Depois, o produto ainda era acabado e embalado para ser entregue à Zara.

Após os flagrantes, os trabalhadores compareceram à SRTE/SP, onde foram colhidos depoimentos e emitidas as carteiras e as guias de Seguro Desemprego para Trabalhador Resgatado. Parte das vítimas já havia dado entrada na documentação obter o visto de permanência no Brasil.

As verbas rescisórias, que acabaram sendo pagas pela intermediária AHA, totalizaram mais de R$ 140 mil. As contribuições previdenciárias sonegadas e pagas a posteriori somaram cerca de R$ 7,2 mil. Já as contribuições sociais e ao FGTS sonegadas chegaram à R$ 16,3 mil.

Primeiro flagrante de trabalho escravo na cadeia produtiva da Zara foi em Americana (Fotos: BP)
Repórter Brasil entrou em contato com a AHA, que preferiu não responder especificamente ao conjunto de perguntas enviadas. A advogada da fornecedora da Zara enviou apenas uma nota escrita em que declarou que a empresa "jamais teve conhecimento da utilização, pelas oficinas contratadas, de mão de obra escrava; jamais teve qualquer participação na contratação dos funcionários de referidas oficinas; e, assim que tomou conhecimento de irregularidades constatadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, imediatamente adotou todas as providências necessárias à regularização".

A intermediária alega ainda em seu comunicado que "prestou serviços não só à Zara, como a outras empresas" e "que repudia toda e qualquer utilização, por quem quer que seja", de trabalho análogo à escravidão.

CalçasO primeiro flagrante de oficina em condições degradantes com pessoas costurando peças para a Zara se deu em Americana (SP), interior de São Paulo, no final de maio. Motivada pela denúncia de um trabalhador, a ação foi realizada pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE) de Campinas (SP), pela Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região (PRT-15) e pela Polícia Federal (PF). A Vigilância Sanitária de Americana foi chamada a atuar e interditou os alojamentos. Os empregados não foram retirados por causa da inexistência de abrigos para este fim no município.

Foram encontrados 52 trabalhadores, sendo cinco deles brasileiros. O restante do grupo era formado por bolivianos. Na oficina de Narciso Atahuichy Choque, os empregados eram submetidos à jornada exaustiva e expostos a riscos. Além disso, muitos trabalhadores foram aliciados na Bolívia e chegaram ao Brasil devendo o valor da passagem.

O alojamento e o local de trabalho estavam em condições degradantes e insalubres. Havia risco de incêndio devido à sobrecarga nas precárias instalações elétricas. Poderia haver explosão, por causa dos botijões de gás de cozinha encontrados irregularmente nos quartos.

A oficina funcionava em um imenso galpão de dois andares. No andar superior, ficavam os alojamentos e a cozinha. No inferior, as máquinas. A fiação elétrica estava exposta e o local era muito sujo. Havia um bebedouro, porém somente um copo plástico para todos dividirem. Os pequenos quartos abrigavam famílias inteiras e grupos de até cinco trabalhadores. Alguns cômodos tinham alimentos espalhados, armazenados de forma inadequada.

Um grupo de trabalhadores costurava uma calça jeans da Coleção Primavera-Verão da Zara. Cada trabalhador fazia uma parte da peça e o valor de, em média, R$ 1,80, era dividido pelo grupo todo, composto por sete pessoas. O dono da oficina afirmou que trabalha há cinco anos com a intermediária Rhodes e que aproximadamente 70% da sua produção é destinada à empresa. A oficina é especializada em calças e bermudas. Uma funcionária da Rhodes costuma visitar e verificar as condições e o ritmo de produção da oficina.

Após a fiscalização, a Rhodes pagou as verbas rescisórias de cada trabalhador. A fiscalização foi à nova oficina de Narciso, em 26 de junho, e constatou melhorias. Entre elas, o registro de todos os funcionários, regularização migratória, submissão de costureiros a exames médicos.

Mistura entre espaço familiar e de trabalho, instruções e peça piloto (Fotos: SRTE/SP, FF e BP)

De acordo com auditores fiscais da GRTE de Campinas (SP), houve adequação da instalação elétrica e melhora do espaçamento entre as máquinas. Os trabalhadores agora utilizam cadeiras com melhores condições ergonômicas e de conforto. A iluminação também foi melhorada e os equipamentos de incêndio estão todos válidos e sinalizados. As saídas de emergência foram demarcadas. "Com a mudança da oficina e a suspensão da interdição, grande parte dos trabalhadores voltaram a trabalhar de forma regular nas novas instalações da mesma oficina", discorre a auditora Márcia Marques. Foram lavrados 30 autos de infração contra a intermediária Rhodes pelas irregularidades encontradas. Nove autos se referem às questões trabalhistas e as demais infrações estão relacionadas à saúde e segurança do trabalho. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Rhodes pelos telefones da empresa.

Made in BrazilEm resposta a questões sobre os ocorridos enviadas pela Repórter Brasil, a Inditex - que é dona da Zara e de outras marcas de roupa com milhares de lojas espalhadas mundo afora - classificou o caso envolvendo a AHA e as oficinas subcontratadas como "terceirização não autorizada" que "violou seriamente" o Código de Conduta para Fabricantes.

Seungod a Inditex, o Código de Conduta determina que qualquer subcontratação deve ser autorizada por escrito pela Inditex. A assinatura do Código do Conduta é obrigatória para todos os fornecedores da companhia e foi assumido pelo fornecedor em questão (AHA/SIG).

A empresa disse ter agido para que o fornecedor responsável pela "terceirização não autorizada" pudesse "solucionar" a situação imediatamente, assumindo as compensações econômicas dos trabalhadores e comprometendo-se a corrigir as condições de trabalho da oficina flagrada com escravidão.

Haverá, segundo a Inditex, um reforço an revisão do sistema de produção da AHA, assim como das outras empresas no Brasil, para garantir que não exista outro caso como este. "Estamos trabalhando junto com o MTE para a erradicação total destas práticas que violam não só nosso rígido Código de Conduta, como também a legislação trabalhista brasileira e internacional".

Em 2010, a Inditex produziu mais de 7 milhões de unidades de peças no Brasil, desenvolvidas, segundo a empresa, por cerca de 50 fornecedores que somam "mais de 7 mil trabalhadores". O total de peças que estava sendo produzido irregularmente (algumas centenas de peças), adicionou a Inditex, representa "uma porcentagem inferior a 0,03%" da produção do grupo, que é um dos maiores do mundo no segmento, no país.

A maior parte dos produtos do grupo que comanda a Zara é feita na Europa. Metade é confeccionada em países como Espanha (onde a empresa mantém fábricas próprias) ou Portugal. Outros 14% são fabricados em outras nações europeias como Turquia e Itália. A produção no Brasil corresponde a algo inferior a 1% do total. Em 2010, 30 lojas da Zara já estavam em funcionamento no país. São cerca de 2 mil profissionais contratados diretamente.

"No que se refere à presença comercial, o Brasil é o terceiro mercado mais importante da Inditex no continente americano, ficando atrás somente dos Estados Unidos e do México", colocou a empresa, que manifestou intenção de não abandonar a produção no país. "A Inditex prevê seguir crescendo no Brasil com a abertura de novas lojas a curto, médio e longo prazo".

*A jornalista da Repórter Brasil acompanhou a fiscalização da SRTE/SP como parte dos compromissos assumidos no Pacto Contra a Precarização e pelo Emprego e Trabalho Decentes em São Paulo - Cadeia Produtiva das Confecções.


Link do post:
http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1925

sábado, 6 de agosto de 2011

Marca de blusinhas e camisetas ecológicas



Pessoal, conheci essa semana uma marca muito legal, me apaixonei pelas estampas. A marca é de CiaNorte-PR e se chama Aldeia Brasileira, fiz umas perguntas para a dona da empresa, Laura Oliveira, e gostei tanto de como ela me respondeu que decidi compartilhar com vocês. 
Segue as perguntas que fiz para ela e as respostas:



1-      São TODAS feitas com malha de PET? Ou algum outro tecido ecológico?
Utilizamos na fabricação das peças tecidos naturais nas seguintes variações: 100% Algodão; Malha PET 50% Algodão e 50% Poliéster e Malha 100% Algodão orgânico.

2-      Vocês se consideram uma marca ecológica? 
Nos consideramos uma marca sustentável. Hoje temos grande parte de nossos produtos fabricados com malhas ECO, e minimizamos ao máximo os resíduos gerados em nosso processo de fabricação, bem como dispensamos aqueles TAGs enormes e embalagens plásticas que todos sabemos são jogados no lixo logo depois que a peça é usada pela primeira vez. Temos a concepção de manter parcerias justas em nosso negócio. Entendemos que o mercado da moda é desafiador, todo o ciclo de desenvolvimento e de produção deve ser economicamente viável para que as pequenas sobrevivam.

3-      Qual a inspiração para a escolha do tema indígena?
A tradição da cultura indígena da utilização do grafismo e de cores é fascinante, a pintura corporal tem um significado próprio, e é também utilizada como forma de expressão. Os povos indígenas convivem pacificamente com a natureza, fazem parte de nossa história e de nossas tradições.   
Além de ser  muito ligada a natureza, nossa família tem um veio artístico. Muitos de nossos desenhos são feitos a mão, e todas nossas estampas são exclusivas. Quando criamos a marca buscamos utilizar esse talento de forma “pensada”. Aliar cultura e arte mostrou-se não só uma forma de ser diferente em um mercado tão competitivo, mas uma forma desafiadora e prazerosa de trabalhar. Avançamos nesse conceito e hoje utilizamos também a escrita Tupi-Guarani nas estampas e trazemos a tradução da escrita na própria peça. Criamos muitas peças que chamamos “conceito” e destacam este tema. Outras são mais comerciais e menos conceituais. Buscamos um equilíbrio para que nosso produto possa vestir as diferentes pessoas que se identificam com a marca. Como última novidade, estamos “remodelando” nosso logotipo que trará agora a silhueta de um índio Tupi-Guaraní, ressaltando o DNA verde-amarelo de nossa marca.  

4-      A estamparia é ecológica? Tintas a base d'água, etc.
Sim, só utilizamos o processo de estamparia a base d’agua.  






Mais informações sobre a marca acessem o site: www.aldeiabrasileira.com.br

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Pesquisa Hábitos de Consumo de Moda

Oii Pessoal, hoje venho pedir a vocês novamente um imenso favor, estou lançando uma pesquisa para analisar os hábitos de consumo de moda.

A pesquisa é bem rápida e não é necessário informar seus dados pessoais!!!

O link da pesquisa: https://spreadsheets.google.com/spreadsheet/embeddedform?formkey=dGRRWjBnLXhSZUE1LTZVeHZJdmZiUkE6MQ

Conto com vocês!


EM BREVE trarei um artigo muito interessante sobre a diferença entre os tecidos ecológicos/sustentáveis/orgânicos/naturais.... 

Obrigada,
Micheli Hoffmann

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Billabong lança coleção de inverno feita em fibras de garrafas PET

A coleção chama-se Recycler Series e trás peças masculinas e femininas de inverno, todas elaboradas a partir da fibra de garrafa PET. A coleção da Billabong Recycler Series é composta por três itens: t-shirt, boardshort e uma bolsa. Os produtos foram desenvolvidos em parceria com a Água Schin.

O tecido utilizado na coleção Billabong Recycler Series é mais encorpado (necessidade imposta pelas baixas temperaturas da estação) e apresenta um toque rústico e um padrão listrado levemente triangular, em uma referência étnica. Além disso, o tecido derivado da fibra PET passou também por um processo de envelhecimento na lavanderia, resultando em uma aparência desgastada, aspecto adquirido pelos produtos usados em muitas viagens. A cartela de cores é composta por preto, mescla e azul.
A Billabong é uma das marcas do mundo do Surf que mais desenvolve ações sustentáveis. A coleção Recycler Series estará disponível em todas as lojas Billabong a partir do dia 7 de julho, quando acontecerá o lançamento oficial. Para mais informações: www.billabong.com.br
Fonte da notícia: http://www.evom.com.br/

Os Dez Erros e Acertos do Marketing Verde

Rogério Ruschel, é publicitário e jornalista e foi o primeiro consultor especializado em negócios sustentáveis do Brasil ao associar valores de marketing e comunicação a programas de sustentabilidade. Ele é diretor da Ruschel & Associados Marketing Ecológico e editor da revista eletrônica Business do Bem.


Ruschel elaborou duas listas de “10 Mandamentos” do bom e do mau marketing relacionado à sustentabilidade.



Dez acertos no marketing socioamblental:
1 Entender a complexidade do processo e seus reflexos na empresa a curto, médio e longo prazo;
2 Investir em sustentabilidade com a mesma vontade política com que investe em tecnologia, recursos humanos e uma nova planta industrial;
3 Cumprir a lei sem “jeitinhos”, entender que cumprir a lei não é mérito, é obrigação;
4 Compartilhar suas dúvidas com os diversos segmentos da sociedade;
5 Ter a humildade de reconhecer que não está pronto para trilhar o caminho da sustentabilidade sem parcerias e ajuda – ninguém está pronto;
6 Ter a generosidade de abrir mão de algum beneficio ou resultado de curto prazo (mesmo que atrapalhe sua competitividade num primeirto momento) para colher beneficios no médio prazo;
7 Respeitar as críticas, mesmo as injustas – afinal as pessoas são diferentes (culturalmente diversas entre si) e todo mundo está aprendendo a se locomover neste desconhecido território da sustentabilidade
8 Fazer mais e divulgar com mais qualidade e auto-crítica;
9 Nunca mentir;
10 Não cometer os erros da listinha abaixo.
Dez erros em marketing socioambiental:
1 Entender que a busca pela sustentabilidade é uma “onda passageira” e que algumas “esmolas sociais” serão suficientes para permitir que algum jornalista mais superficial possa dizer que a empresa é “boazinha” – e com isso achar que “está em dia” com o assunto;
2 Acreditar que é capaz de compreender este assunto sem capacitação qualificada, profissional – a prima da tia de um dos diretores “sabe tudo sobre isto” porque planta muitas árvores e será nossa professora;
3 Decidir que é suficientemente experiente sobre o assunto, porque afinal de contas “há muitos anos nossa Fundação ou Instituto vem fazendo filantropia”;
4 Confundir os conceitos: filantropia é dar um peixe a quem tem fome; Responsabilidade Social Empresarial é ensinar a pescar e sustentabilidade é preservar o rio. Todas são importantes, mas tenha certeza sobre o que está fazendo antes de falar para o mundo;
5 Incluir no orçamento do ano que vem uma “campanha socioambiental” ao invés de incluir no orçamento recursos para a empresa começar a adotar uma atitude socioambiental como parte do negócio o mais rápido possivel;
6 Não perceber que agora estamos vivendo em uma economia aberta, na qual o consumidor não é mais um “público-alvo” e sim “uma parte interessada” capaz de influenciar ferozmente decisões corporativas, derrubar produtos, desfazer imagem institucional por atitudes de compra e pressões por internet;
7 Não perceber que agora tudo aquilo que acontece ANTES e DEPOIS do processo produtivo, industrial (dentro da empresa) é também responsabilidade da empresa. O processo industrial do século XXI precisa considerar a origem das matérias-primas, o perfil de impacto dos insumos, a “folha-corrida” social dos fornecedores, a pegada ecológica do produto, a legislação de responsabilidade solidária do produto nas lojas e até mesmo a regulagem do motor dos caminhões que distribuem sua mercadoria, para não ser punida pela opinião pública ou legislação;
8 Permitir que sua agência de propaganda faça brincadeirinhas fúteis na sua comunicação sobre este assunto;
9 Mentir;
10 Ser superficial.

Fonte: http://tanianeiva.com.br/?p=599