quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Slow Fashion: O que é isso?

Olá leitores do ME, hoje quero trazer para vocês duas notícias muito interessantes sobre o Slow Fashion

Mas afinal, o que é isso? 
Segundo o site do Wikipédia"slow fashion não é uma tendência sazonal que vem e vai como animal print, mas um movimento de moda sustentável, que está ganhando força ". "O movimento slow fashion é uma representação unificada de todos os "sustentável", "eco", "verde" e "ética" movimentos de moda. Ela incentiva a educação sobre a conexão da indústria do vestuário e impacto sobre o meio ambiente e recursos esgotando, diminuição da cadeia de abastecimento para reduzir o número de tendências e épocas, para incentivar a produção, qualidade e retornar maior valor ao vestuário remover a imagem da descartabilidade da moda. A frase repetidamente ouvida em referência à forma lenta é "qualidade sobre a quantidade". Esta frase é usada para resumir os princípios básicos de abrandamento da taxa de consumo de roupa por vestes a escolha que duram mais."
No site Teoria Criativa.com, tem uma notícia de nome: "Slow Fashion: na contramão das fast-fashion", que segue abaixo:

Em um passeio ao shopping, você entra naquela loja de departamentos baratinha, que sempre tem peças legais por um preço lá embaixo. Você vai lá, experimenta, se apaixona e vai até o caixa. Olha para a fila e muitas outras mulheres estão fazendo o mesmo com roupas, bolsas, sapatos e acessórios.
Chegando em casa, abre o armário e se depara com várias roupas (muitas com etiquetas) novas. Algumas você ainda não conseguiu usar, outras já estão totalmente ultrapassadas, mesmo que tenha comprado há três meses atrás. Você separa aquelas que não quer mais e repõe com outras lindas, novas e super “na moda”. Daqui um ano, você já não aguenta mais ver nenhuma dessas peças no seu guarda-roupa.
Quantas vezes isso já não aconteceu com vocês?
Mulher é um bicho inquieto, insaciável. Está sempre à procura de peças novas para encher o armário já lotado. Ela quer moda e esta vai até ela. Atualmente, principalmente! As lojas de departamento, ou fast-fashion, conquistaram todo o mundo e não seria diferente aqui no Brasil. Somos apaixonadas por lojas como Zara, C&A, Renner, Riachuelo, Marisa… que sempre estão atentas às últimas tendências e nos trazem, facilmente, roupas bem bonitas por um preço justo.
Mas vocês já perceberam no ciclo que nos enfiamos? Sempre cansamos das roupas dos nossos armários e vamos à procura de outras. Quando enjoamos dessas, saímos direto para comprar mais. É um padrão que nunca se encerra! E, logo, nunca estamos satisfeitas.
Começou um movimento lá na Europa intitulado Slow Fashion. Na verdade, ele é um modo de pensar, de agir, de consumir. Levando em conta esse consumismo exagerado da população mundial, o movimento levanta a bandeira de que temos que ser maisconscientes e sustentáveis.
Para as pessoas adeptas ao slow fashion, o ritmo acelerado das grandes cidades resultou em uma moda efêmera com confecções de baixa qualidade. É preciso ir muito além das “tendências” e valorizar aquilo que é atemporal e ecofriendly.
slow fashion se resume em botar a mão na consciência para pensar no que estamos consumindo. É refletir sobre o verdadeiro papel da moda na nossa vida, ir devagar nos delírios de consumo e começar a valorizar um estilo de vida mais sustentável. É dar um freio nesse desespero de mostrar  estar sempre seguindo tendências.
O movimento procura mostrar às pessoas que é preciso optar por roupas artesanais, reaproveitadas, peças atemporais ou até de segunda mão (os brechós estão inclusos), para ir contra a ditadura das lojas fast-fashion. Além disso, dar um basta nas grandes empresas que se aproveitam de mão de obra escrava para baratear os custos!
Este não é um conceito novo, mas vem se sobressaindo no meio das fast-fashion cada vez mais. Uma das precursoras, é a estilista sueca Sandra Backlund. É bastante conhecida pelas suas roupas de lã, tendo clientes de peso como a cantora Björk.  Inicialmente, as roupas eram feitas à mão pela própria estilista; a primeira coleção a ser produzida industrialmente foi a primavera/verão de 2010.
Por ser contra o ritmo acelerado da moda, Sandra se recusou a participar da temporada de moda de Londres. Para ela, quem consome seus produtos são “pessoas que gostam de pensar a moda mais como uma forma de arte do que uma indústria”.
Aqui no Brasil, podemos citar a iniciativa da marca Maria Bonita, criando a MB Infinito. A ideia é que as peças da coleção durem várias estações, se tornando clássicas no guarda-roupa de qualquer mulher. São camisas, blusas, calças e vestidos feitos com tecidos como o tricoline 100% algodão e a malha de bambu sustentável. A primeira coleção da linha já está chegando a todas as lojas Maria Bonita do Brasil.
Mas ainda fica um questionamento: será que mesmo com o boom das grandes fast-fashion ainda há um espaço para uma tendência sustentável? Bom, essa resposta só teremos daqui algum tempo. Mesmo assim, acho que vale pensar mais um pouquinho na hora de consumir. Visitar mais brechós e fazer trocas com as amigas é super válido e uma experiência fantástica. 

E lá no site Eco Desenvolvimento.org, tem uma notícia com o nome: "Slow Fashion: a moda pelo respeito", que segue abaixo:
A vida moderna tem sua própria velocidade. Assim como o consumo de alimentos e energia, a indústria têxtil também extrai com grandes colheradas os recusos naturais. Pensando na antítese desta situação, o Slow Fashion, ou moda lenta, tem a intenção de atender os consumidores de moda com maior consciência ética e respeito com o meio ambiente.

Sazonalidade x Atemporalidade
As condições do mercado da moda são facilmente entendidas: estações. As modas sazonais alimentam um consumo desenfreado, por parte de um grande número de pessoas, de um vestuário descartável e efêmero.
A produção que é confeccionada em pequeno número para consumidores mais abastados, é rapidamente reproduzida em larga escala para as grandes massas populacionais. Como papel, as roupas se desfazem a cada final de coleção que, depois de consumida, mal bem é digerida, já irá para o lixo. Os grandes recursos injetados acabam por se tornarem ultrapassados com a chegada de ‘novas necessidades’ através de novas tendências.
Slow Fashion é como buscar uma nova ótica sobre essas “necessidades”. Reestruturar o objetivo da moda e receber essas mudanças de estilos sazonais de maneira responsável, ponderando o contexto sócio-ambiental e subsidiando a ética com o consumidor.

Elegância x Extravagância

O conceito de Slow Fashion ganha espaço passo a passo. Prova de que é fácil aliar moda e consumo consciente é a designer de roupas Zoica Matei, que aplica diretamente em suas peças elegantemente sustentáveis essa, que não parece ser apenas mais uma nova tendência.
Ela acredita em uma moda socialmente responsável e desacelerada, construída para durar e suplantar a "regra da sazonalidade". Sua linha foi criada com materiais eco-friendly , não usa procedimentos de lavagem e tingimento (que normalmente são abrasivos para o meio ambiente) e segue o Fair Trade principles, ou princípios do Comércio Justo.
Suas peças ética e organicamente criadas ganham uma versatilidade que ultrapassa as tendências sazonais e buscam atemporalidade no consumo equilibrado e consciente.O desafio lançado pela estilista é o retorno ao verdadeiro estilo individual, não apenas uma participação figurante no grande mercado da moda.
As peças autênticas, originais e com um desenvolvimento respeitoso têm atraído cada vez mais público. Não cabe a roupa ou acessório apenas esbanjar uma beleza e estrutura condizente com a vida contemporânea, é preciso "dizer alguma coisa", trazer uma positiva mensagem para quem a usa.
Qualidade e longevidade devem ser características que não só os fornecedores e estilistas devem passar em suas criações, mas que os consumidores também devem adotar na hora da escolha. Procurar informações sobre a origem do produto torna-se fundamental. A responsabilidade sócio-ambiental deve sempre estar atrelada as produções e quem compra torna-se responsável pela realidade por trás do bem consumido. 






Um comentário:

Cristiane Iannacconi disse...

já tive uma pequena confecção de moda alternativa e hoje vivencio o slow fashion... tenho falado disso lá no Ciclicca, meu blog.
ótima postagem!
Bjinho