Ultimamente a moda tem se direcionado para questões sócio-ambientais. A indústria da moda tem visto a necessidade de se adaptar às novas regras ecológicas mundiais para encontrar diferentes nichos de mercado e, ao mesmo tempo, buscar alternativas em matéria prima para diminuir a chamada “Pegada Carbônica”, ou a quantidade de carbono lançados à atmosfera.
As peças ecologicamente corretas são feitas de algodão 100% orgânico, sem o uso de pesticidas, o tingimento é feito com coloração natural, as lavagens das calças são sem o uso produtos químicos, o que possibilita que a água seja reutilizada. Existe também a preocupação da reciclagem de todos os materiais utilizados na fabricação. A empresária carioca Aldelice Lozan de Carvalho Mota estabeleceu metas para que a Haver, fabricante de jeans, se adequasse aos padrões da produção limpa. Identificar a matéria-prima, reutilizar a água, doar os retalhos que antes eram jogados fora são exigências feitas pela empresária.
“Não queria mais apenas fazer um lançamento, mas mostrar um novo conceito para o comprador. Até os resíduos eles utilizam na fabricação de adubo. O que era lixo (os retalhos) se transforma em bolsas feitas por costureiras que estão aprendendo o ofício.”
O jeans Kuyichi é feito na Holanda, com algodão natural plantado e produzido com técnicas artesanais por índios do Peru, sem a adição de agrotóxicos nem de fibras sintéticas. Mikkel Kuster, gerente da loja Jeans & Coffee explica:
“O fato de a tecnologia orgânica ter virado moda tem suas desvantagens, porque também se transformou em um negócio em que muitos empresários se aproveitam do momento e colocam etiquetas de orgânico nos produtos, mas eles nem sempre o são de verdade. Não adianta não ter fibras sintéticas na produção e o algodão ser impulsionado a crescer à base de agrotóxicos”,
Pela primeira vez uma fábrica consegue produzir uma linha de jeans 90% orgânico em larga escala – ao contrário do que já haviam feito marcas consagradas do mercado, apenas com edições limitadas.
Além da preocupação ambiental, há também a preocupação aqueles que trabalham nas confecções. Um exemplo é do jeans Sharkah Chakra, que em hindu quer dizer “vida feita à mão”, é um produto feito com rigorosas regras para se encaixar na lista do fairtrade (comércio justo) – é produzido por adultos que são bem remunerados e que são respeitados segundo as leis de trabalho.
Porém nem todas as alternativas para um jeans mais verde são bem sucedidas. Em fevereiro de 2010, a marca carioca de roupas TriStar lançou uma calça jeans autolimpante. Quando suja, seria apenas necessário colocá-la num freezer envolta em um saco plástico. Em 24 horas ela estará limpa.
Uma tecnologia inovadora, somado ao fato de que o algodão usado é orgânico, o tingimento é menos nocivo ao meio ambiente e o amaciante industrial usado na fábrica é biodegradável. Porém, a calça autolimpante polue muito mais que uma calça normal e isso se deve ao fato de que o método de limpeza da calça faz o esforço adicional do congelador emitir quase 9 vezes mais gás carbônico do que a lavagem do velho jeans normal. A energia elétrica consumida para uma lavagem de jeans normal é de 325 kwatt’s e a emissão de CO² é de 0,02 toneladas, quando ao do jeans autolimpante é de 345.600 Kwatt’s e emite 16,73 toneladas.
Seria necessário plantar 13 árvores para compensar as lavagens semanais de cada calça normal e 113 árvores para a calça autolimpante.
Fonte: http://industriaverde.wordpress.com/2010/09/14/o-jeans-ecologico/
Um comentário:
Bom dia!!
Informo que a Eden, em SP possui uma linha de produtos texteis 100% organicos COM CERTIFICADO!
São jeans, com grande variedade de cores, sarjas, malhas, etc.
Com um detalhe: só corantes naturais, nadinha de químico.
Sem dúvida um diferencial, pois tem marcas destas citadas que de orgânico tem apenas o nome.
Álias isso pode ser facilmente conferido com o Ministério da Agricultura, que pode fornecer a lista de quem é, de fato orgânico.
Abraço
Jair Pelegrin
Instituto Maytenus
www.maytenus.org.br
(44) 88033337
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