Bolsas e calçados feitos de couro de peixe descartado/Fotos: Green Obsession
Peças ecologicamente corretas desenvolvidas pelas mãos de artesãs amazonenses estão nas prateleiras internacionais. São bolsas e calçados confeccionados a partir de couro de peixe, associado a juta e buriti, produtos biodegradáveis típicos da região. Os modelos são frutos da imaginação da engenheira florestal Rose Dias, que junto ao seu marido Aidson Ponciano, fundou a empresa Green Obsession, transformando resíduos que seriam descartados em peças de luxo.
O negócio começou no ano 2000 com a produção inicial de 50 peças e a ajuda de dois funcionários. 12 anos mais tarde, o empreendimento conquistou o mercado internacional.
De acordo com a empresa, os calçados já estão nos pés das canadenses, americanas e europeias. E as bolsas já fazem parte dos acessórios femininos. “São peças exclusivas, ecologicamente corretas e especiais, porque são da Amazônia, um dos lugares mais mágicos e ricos do planeta”, enfatizou Aidson, ao portal Sebrae. Os produtos da Green Obsession também podem ser encontrados na região Norte do país, em lojas instaladas em hotéis.
Bolsas e calçados feitos de fibra natural
Os preços dos calçados de couro de peixe variam de R$ 110 a R$ 350 e os confeccionados com fibras naturais, de R$ 50 a R$ 80. Já as bolsas de couro de peixe podem custar entre R$ 350 e R$ 1,5 mil. O acessório em fibra natural é mais acessível, vendido por preços entre R$ 70 a R$ 180.
Segundo o Sebrae, o papel que a Green Obsession exerce é de suma importância, pois 90% do couro do peixe no Brasil são descartados no mar e rios em forma de lixo. Com o aproveitamento dessa pele na fabricação de bolsas e sapatos, o rejeito é reciclado.
A empresa é parceira do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) que busca, desde 1993, técnicas de curtimento de pele de peixe com menor impacto ambiental. “Para inovar em seus produtos, a Green Obsession conta com a parceria do Inpa, usando a tecnologia desenvolvida pelo instituto para o tratamento do couro de peixe”, comentou Aidson.
Com informações da Agência Sebrae de Notícias.
Fonte: Eco Desenvolvimento.org.br
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