quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Moda sustentável ganha espaço no Brasil

Materiais que iriam para o lixo são usados para fazer bolsas e acessórios
O que se fala no momento é em moda sustentável. O tema ganhou mais espaço entre quem, além de fazer belas peças, se preocupa com os materiais que utiliza. Tudo para preservar o planeta e achar uma nova função para o que iria ser jogado no lixo. Produtos orgânicos, forma de fabricação com menos poluentes e mão de obra são outros pontos analisados na hora de classificar as produções ecofashion.  

No Brasil, o movimento ainda engatinha, mas as pessoas aos poucos vão percebendo que o que se veste influencia diretamente o meio ambiente, causando impactos até então desprezados. Os clientes estão mais conscientes e preocupados com o futuro do planeta e a demanda para esse novo luxo do momento vai desde os tecidos das roupas a acessórios como joias e bolsas.

O designer de bolsas Wagner Vidinha, formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), há 15 anos utiliza lona de caminhão para confecção de bolsas. Suas peças em estilo hippie demonstram preocupação e respeito à natureza.
“Tenho alguns contatos na Penha, onde tem ponto de caminhoneiros. Lá compramos as lonas velhas. Depois as encaminhamos para a lavanderia industrial, onde acontece o processo de limpeza e do possível tingimento, pois nem todas são tingidas. A cor natural já tem uma característica envelhecida de que gosto. Posteriormente, ela vem para o ateliê de desenvolvimento. Tudo passa por mim e todos os desenhos sou eu quem faz. Vivi os anos 1970, inclusive com essa consciência de reuso. Acho legal, por exemplo, pagar menos pela roupa e reaproveitar as dos pais”, revela o designer, que vende suas peças personalizadas por preços que variam entre R$ 100 e R$ 800.
O designer faz ainda parceria com o Projeto Sacolon, patrocinado pela CCR Ponte, executado pelas artesãs da Cooperativa Mulheres Arteiras, do Badu. As bolsas do designer não são guardadas em caixas, mas em sacolas de lonas de publicidade expostas na Ponte e transformadas em embrulhos de presentes pelas artesãs.
“O grande problema do planeta somos nós. Tenho seis filhos. Temos que pensar nas futuras gerações e fazer nossa parte, que vai da consciência de não jogar lixo no chão até reaproveitar o que for possível no cotidiano”, conta.
Cimento, pirita, pó de tijolo e por aí vai
Cimento, pirita, asas de besouro, pó de tijolo, prata reciclada, borracha e papel são alguns dos materiais utilizados pela designer Silvia Blumberg para confecção de suas joias. Seguindo o espírito ecofashion, suas peças fazem tanto sucesso que já foram parar entre os personagens da novela “Fina Estampa” para compor o visual de personagens como a jornalista Marcela, interpretada pela atriz Suzana Pires, e a estudante Patrícia, personagem da atriz Adriana Birolli.
“Cada coleção carrega um momento de minhas emoções. As joias com aproveitamento de resíduos da construção civil, por exemplo, representam meu grito de atenção à ocupação desordenada, à falta de cuidado com restos de materiais que causam enchentes e o meu profundo desejo de colaborar para a preservação do meio ambiente”.
Silvia já participou de exposições no Fashion Rio e em Nova York e foi a primeira designer mulher a criar uma coleção de peças eróticas feitas com material reciclável.
“Esta coleção nasceu de um desafio que recebi de um cliente de atacado. Uma ‘socialite’ desejava fazer uma brincadeira com uma amiga e queria um pingente em ouro no formato de pênis. Eu entrei no desafio como se fosse uma grande brincadeira. Depois de pronto, achei que ele precisava de companhia e iniciei minha criação para o resto das áreas íntimas. O resultado foi ótimo. Nunca pensei que seria tão assediada pela mídia”, conta a designer.
De acordo com Silvia, não foi ela quem escolheu trabalhar com o material reaproveitado, mas ele quem a escolheu.
“É de uma beleza e leveza impressionante. Tenho muito orgulho desta coleção e acredito que vou conseguir ajudar projetos de inclusão social através destas peças”, diz.

O FLUMINENSE

Um comentário:

Veronica disse...

Eu apresento a minha marca de roupas femininas orgânicas, feitas de algodão orgânico (origem: Peru e Paraguai), bambu, cânhamo e soja.

É uma empresa com sede em Montevidéu, Uruguai, com oportunidades para vender para qualquer país.

Gostaria de observar e apreciar as minhas roupas e podemos trabalhar juntos


Website: www.salacia-organic.com

Loja on-line: www.tiendasalacia.com (preços são indicados em pesos argentinos, por favor consulte os preços em Reais)

Fotos do produto: https://picasaweb.google.com/103237437228346383938/FotosDeProducto

Espero que seja a seu gosto e considero esta proposta na Moda Ética.

Atenciosamente,

Verónica