Por Francesca Colombo
Roupas feitas com fibras naturais e materiais reciclados ganham terreno na Itália. Gigantes da moda, como Giorgio Armani, se somam à tendência.
MILÃO, Itália.- O respeito pelo meio ambiente, a utilização de fibras e tintas naturais e a reciclagem de roupas e objetos usados são a base da moda ecológica, que pouco a pouco ganha terreno entre os consumidores e estilistas na Itália. A também chamada “ecomoda” confecciona roupa orgânica. Isto é, elaboradas com tecidos em cuja produção não são usados produtos químicos, nem fertilizantes, nem pesticidas. Com 72 mil empresas e 700 mil empregados, a indústria italiana do vestuário é uma das principais do mundo: fatura quase US$ 90 milhões ao ano. E, embora a moda de baixo impacto ambiental esteja mais desenvolvida em mercados como o inglês e o alemão, até gigantes do ramo, como Giorgio Armani, estão dispostos a aderir à tendência.
Armani agora cria jeans “ecologicamente corretos”, feitos com algodão orgânico. Outras grifes famosas internacionais vendidas na Itália, com Levi Strauss, Gap, Nike ou Marks & Spencer, também uniram-se à moda ecológica. Ponchos feitos com fibra de soja, trajes elaborados com embalagens de ovos ou calças fabricadas a partir de algas são alguns exemplos desta moda alternativa que combina criatividade com materiais insólitos. Muitos estilistas também reutilizam vestidos velhos ou que já não servem mais, para conservar os recursos naturais.
O algodão é um dos materiais mais usados na indústria têxtil e do vestuário, e um dos mais controvertidos. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, no mundo existem entre 500 mil e dois milhões de vítimas de intoxicações agroquímicas e um terço delas é de cultivadores de algodão. A reciclagem é outro componente importante da moda ecológica, não só para proteger o meio ambiente, como também para promover a economia nas grandes empresas e recuperar materiais nos países em desenvolvimento.
Um comentário:
nossa, adorei, me ajudou em um trabalho. Obg :D
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